Esses músculos têm cerca de 10 cm de diâmetro, ocupam o fundo da cavidade pélvica e são muito resistentes quando trabalhados e/ou fortalecidos. A contração dos mesmos pode ser facilmente percebida logo na entrada da vagina e alguns centímetros mais profundos, durante a penetração e no ato sexual. Três canais atravessam (perfuram) esse complexo muscular: vagina, reto e uretra. Deste modo, sua contração tem a propriedade de amassar estes canais, auxiliando respectivamente na continência de urina (apertando a uretra), na função sexual (apertando a vagina) e na continência fecal (fechando o reto)
Em contrapartida, quando essa musculatura está fraca, não é possível contrair suficientemente sobre esses canais, causando: incontinência urinária, flacidez vaginal e incontinência fecal.
“O aumento de pressão nessa musculatura devido ao excesso de peso e por causa da gravidez contribuem para sua frouxidão. O assoalho pélvico trabalha contra a gravidade, ou seja, à medida que os órgãos, que por um desses fatores são empurrados para baixo, esses músculos tem que ter e/ou fazer uma força contraria, para mantê-los em suas posições normais. Caso eles não consigam manter esses órgãos, ocorrerá um prolapso ou queda, como exemplo de bexiga caída”, explica o fisioterapeuta Bruno Andrade Costa, especialista em fisioterapia músculo- esquelética e pós-graduado em fisioterapia traumato- ortopédica, do Zahra Spa & Estética.
Toda e qualquer situação que aumenta a pressão intra-abdominal, sobrecarrega os músculos do assoalho pélvico. Como qualquer músculo do corpo, essa musculatura tem que estar forte para agüentar os esforços, evitando lesões e seu enfraquecimento.
Durante a gestação, a força exercida sobre esses músculos é ainda maior, pois além do peso do bebê e da placenta, tem a questão da pressão constante durante os 09 meses. O trabalho de parto, seja, cesárea ou normal, é o maior responsável por lesão no assoalho pélvico, levando à incontinência urinária e fecal.
Independente se a mulher tiver filhos ou não, é preciso se preocupar e dar ênfase ao fortalecimento dessa região.
Os músculos que compõem o assoalho pélvico, como qualquer outra musculatura do corpo, precisa ser exercitado. Existem vários tipos de exercícios que podem ser realizados em academias, aulas de Pilates ( Visto que o objetivo desse método é trabalhar primariamente essa musculatura) e em seu lar ou em suas atividades de vida diária. Exercitando constantemente esse grupo muscular, além de evitar seu enfraquecimento, existem outros benefícios como: melhora da irrigação sanguínea da região, favorecendo um orgasmo eficaz e a diminuição do envelhecimento sobre o sistema urogenital da mulher.
Muitas mulheres não conseguem contrair essa musculatura, por não estarem habituadas a sentir esses músculos. Mas qualquer uma pode exercitar essa musculatura quando orientada de maneira correta.
Os exercícios podem ser feitos através de uma contração simples (contrair, sustentar a contração e soltar), exercícios mais invasivos, ex: com carga para fortalecimento (usando cones vaginais, como na musculação com pesos), para melhoria da sensibilidade vaginal ( com bolinhas tailandesas), também para melhoria de coordenação motora e exercícios globais para a melhoria do desempenho sexual (pompoarismo). Ou através de exercícios simples, seja de pé, deitada ou sentada, mesmo quando estiver entre as tarefas do dia-a-dia. Veja como:
– Contraia os músculos pélvicos, como se estivesse segurando a micção e as fezes. Contraia e relaxe os mesmos por 03 vezes, depois mantenha- os contraídos, mas continue respirando!
– Em seguida, relaxe;
– Volte à posição inicial, em depois empurre os músculos para fora. A seguir, contraia o assoalho pélvico novamente.
– Repita de 4 à 5 vezes ao dia;
– Após essa fase comece a intervalar os mesmo exercícios, porém de forma lenta e rápida;
– Comece de pé ou sentada com os joelhos ligeiramente afastados. Depois, siga as instruções abaixo:
• Exercícios pélvico lentos: Lentamente, contraia e puxe para cima os músculos do assoalho pélvico o mais forte que conseguir. Mantenha-os assim pelo maior tempo possível e depois relaxe aos poucos.
• Exercícios pélvicos rápidos: Contraia e relaxe os músculos imediatamente.
– Repita os exercícios cinco vezes ou até que esteja cansada. À medida que os músculos ficam mais fortes, a contração pode ser mantida por mais tempo e a quantidade de repetições pode ser maior.
Após algumas semanas, já será possível notar a diferença, mas, para que os músculos tenham força total, você terá que exercitá-los regularmente por meses.
Fonte- fisioterapeuta Bruno Andrade Costa, especialista em fisioterapia músculo- esquelética e pós-graduado em fisioterapia traumato- ortopédica, do Zahra Spa & Estética
Site- www.zahra.com.br