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Afinal de contas, como a Osteopatia atua em Pediatria?

Tempo de Leitura: 4 minutos
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Mother hand massaging back muscle  of her baby,touch of Happiness

A Osteopatia, criada no século XIX, é uma abordagem da área da saúde que trata do ser humano de forma global. Oferecendo uma perspectiva única e integrativa. Compreendendo profundamente o corpo, e entendendo que este funciona de uma maneira integrada onde todos os sistemas interagem e interferem um no outro. O Osteopata usa as mãos para realizar o diagnóstico e tratamento de seus pacientes. Para isso é necessário que tenha formação teórica e experiência prática para aplicação das técnicas manuais diagnósticas e terapêuticas osteopáticas. E como isso se aplica ao seu bebê?

Prepare-se para explorar um mundo onde o toque gentil e intencional é capaz de transformar vidas e ajudar no crescimento saudável de uma forma única: a Osteopatia aplicada a Pediatria, destacando-se como uma alternativa para o bem-estar dos pequenos.

Imaginem mãos habilidosas, que manipulam suavemente corpos delicados dos pequeninos, estimulando suas estruturas a se desenvolverem harmoniosamente. Não abordando apenas sintomas, mas buscando as raízes dos problemas, considerando o ser humano em sua totalidade. Entendendo que os desafios enfrentados pelos pequenos podem se manifestar de maneiras inesperadas, desde dificuldades na amamentação, problemas de sono, distúrbios gastrointestinais até questões emocionais.

A partir desse texto, convido você a explorar o mundo da Osteopatia em

Pediatria, onde cada toque e cada movimento são uma oportunidade de

conexão e cada momento pode ser um caminho para encontrar a saúde das crianças. Nessa jornada descobriremos muito sobre essa abordagem

amorosa e holística para o bem-estar infantil. Andrew Taylor Still (1828-1917) considerado o pai da Osteopatia, em uma oportunidade disse que o objetivo do profissional Osteopata é encontrar a saúde.

O primeiro centro de atendimento e pesquisa na área da Osteopatia com foco exclusivo em pediatria foi fundado pela Médica Osteopata estadunidense Viola M. Frymann, DO, FAAO, FCA (1921 – 2016), em 1982 nos EUA. Ela afirmava que: “Você obtém resultados incríveis quando permite que o paciente desenvolva todo seu potencial. Em um tratamento, eu lhes permito ser tudo o que podem ser. Eles são os únicos que realizam a cura, eu só abro a porta.”

Nos últimos anos a Osteopatia em Pediatria vem ganhando destaque no

Brasil. Cada vez mais procurada pelos pais e indicada por Médicos Pediatras.

Possivelmente isso se deve aos resultados positivos que a abordagem

apresenta diante de várias condições apresentadas pelos recém-nascidos.

Alguns distúrbios apresentados pelos pequenos em seus primeiros meses de vida, geram desconforto a eles e inquietação aos pais. A Osteopatia surge, nesse contexto, como uma alternativa segura e eficaz de tratamento.

Ao nascer, o bebê possui três sistemas cujo desenvolvimento ainda não está completo: digestivo, respiratório e nervoso central. E normalmente esses precisam de atenção quando o pequeno apresenta alguma demanda para os profissionais de saúde que atuam em pediatria.

Entretanto, eu gostaria de falar sobre a pele, que pode ser nossa aliada em vários momentos. O primeiro sentido a se desenvolver no embrião é o tato.

Acreditamos que por conta disso o recém-nascido capta muitas informações pela pele, transformando-as em um dos primeiros meios de comunicação.

É primordial auxiliarmos uma transição harmoniosa da vida intra para extrauterina. O toque, os carinhos, o contato, as massagens fazem parte das necessidades fundamentais do bebê além de alimentar o desenvolvimento neuropsicomotor. Nos primeiros momentos podemos estabelecer uma linguagem com os bebês através do tato.

Podemos usar o toque, fala, carinho, colo e contato para avaliar, tratar e

fortalecer o vínculo com o bebê. O Osteopata é guiado por achados físicos, através de uma avaliação específica, onde vai buscar causas que justifiquem a queixa do bebê.

As autoras S. Piret e M. Beziers, afirmavam que “a motricidade (movimentos) é um órgão sensorial fundamental”, nos bebês acaba sendo uma das bases relacionais com o meio externo.

Baseados na literatura e ciência produzida por Osteopatas pesquisadores, abordamos os corpos dos bebês através de uma avaliação e tratamento, esperando que respondam ao estímulo com equilíbrio, bem-estar e claro, estabelecimento da saúde.

Nos nossos encontros por aqui, falaremos mais especificamente sobre as condições que afetam os bebês e onde a Osteopatia pode ajudar.


Isis Badini
Osteopata DO MRO Br | Fisioterapeuta
Pós-Graduada em Traumato-Ortopedia
Professora Assistente do Instituto Brasileiro de Osteopatia | IBO
@isis_rbadini
imrbadini@gmail.com
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