Como pais, enfrentamos muitos desafios na tentativa de criar filhos felizes e saudáveis e um dos mais difíceis está relacionado a alimentação dos filhos. Todos nós queremos que nossas crianças comam de maneira nutritiva e variada e em quantidade satisfatória, porém, muitas vezes, isso não é tão simples assim!
Muitas crianças apresentam seletividade ou mesmo recusa alimentar, possuem certa aversão a determinados alimentos e os pais não conseguem entender o porquê. É importante saber que, quando as crianças fazem a transição do leite materno, a primeira alimentação dos filhos, complementar e posteriormente para a alimentação da família, elas lidam com grandes questões de aprendizagem relacionadas à alimentação. Comer é aprendido!
É preciso dar tempo ao tempo e ajudá-las nesse processo
O apetite das crianças nessa faixa etária varia muito. Ora eles comem pouco, ora eles comem muito, ora não comem nada! É importante lembrar que a partir do segundo ano de vida, quando a velocidade de crescimento e o ganho de peso diminuem, eles passam a comer menos também. Isso já é suficiente para gerar pânico e preocupação aos pais.
Podemos encontrar na literatura dados de que as crianças nessa idade possuem preferências naturais em relação aos sabores, o que geralmente seguem os mais doces ou mais salgados, rejeitando de maneira geral os mais amargos e azedos. Essa preferência instintiva é um fator provável de contribuição para o sucesso da raça humana, ou seja, de preservação da espécie, protegendo contra prováveis ingestões perigosas.
Como pais, queremos que nossas crianças comam uma variedade de alimentos saudáveis e nutritivos, porém muitos vegetais possuem um sabor amargo ou um sabor de características pouco palatáveis para as crianças e elas, a principio, não irá aceitá-los. Isso é normal!
Elas precisam se acostumar aos novos alimentos!
Crianças pequenas não possuem habilidades cognitivas suficientes para se recusarem a comer apenas para irritarem seus pais. Muitos fatores devem ser considerados quando se avalia uma criança ou quando se orienta uma família com a queixa de dificuldade alimentar.
Muitas vezes a seletividade e a recusa são normais do desenvolvimento, porém atitudes inadequadas dos pais podem gerar problemas durante essa fase. Insistir para que a criança coma certos tipos de alimentos sem que ela esteja preparada para isso, até mesmo forçá-la a ingerir uma quantidade de comida maior do que ela deseja no momento, são bons exemplos de atitudes que normalmente só atrapalham.
Algumas crianças não sabem como mastigar ou como lidar com certas texturas alimentares e são extremamente sensíveis às características sensoriais dos alimentos. Podemos encontrar sensações de desconforto em relação à comida e comportamentos de medo, pânico, entre outros. Antes de tudo e preciso checar a possível existência de uma causa orgânica.
Algumas crianças preferem brincar ao invés de comer, possuem um temperamento muito reativo ou são, por natureza, mais ansiosas e com frequência seletivas com a comida. Pais com problemas alimentares, geralmente, passam para seus filhos parte de suas angústias em relação a comida.
Vivência em família
Importantíssimo ressaltar, também, a falta de tempo que as famílias hoje em dia vivenciam e que dificulta o compartilhamento das refeições em família, fonte de muitos aprendizados.
Os motivos podem ser muitos. Tem sempre uma razão para a dificuldade na alimentação dos filhos. Ela pode ser típica do desenvolvimento infantil, ou não. Se você tem alguma dúvida e importante procurar um profissional para esclarecer.
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