Os acidentes domésticos, principalmente quando nossos filhos estão ainda nos primeiros anos de vida, são motivos de preocupação constante e exigem cuidados e vigilância permanentes. A partir do primeiro ano de vida, o pequeno, que antes ficava a maior parte do tempo no berço, no colo de alguém ou em espaços restritos, começa a ampliar seus horizontes.
Assim, a criança assume, gradativamente, uma posição ativa, sua habilidade muscular aumenta e é natural que o interesse pelo mundo que a rodeia torne-se cada vez maior. A partir daí, os riscos de acontecerem acidentes na infância crescem de maneira proporcional.
Por isso, prevenir é o melhor que se pode fazer. Essa é a opinião da pediatra Márcia Rodrigues, que reforça os graves danos que acidentes domésticos podem trazer, até com seqüelas permanentes, para a vida do seu filho.
Estatísticas da Sociedade Brasileira de Pediatria mostram que mais de 90% dos acidentes ocorridos em casa com crianças entre zero e seis anos poderiam ser evitados. Para prevenir este tipo de problema, o ideal é tirar do alcance dos bebês tudo o que houver possibilidade de ser levado à boca, como peças de brinquedos, botões e bicos de chupetas.
Outro cuidado importante é procurar brinquedos grandes, resistentes e sem pontas finas e salientes. Evitar roupas com botões e testar sempre as chupetas, verificando se as partes que a compõem não se soltam, também são dicas relevantes.
Quando a criança começar a crescer, os perigos passam a ser chicletes, pipocas, balas, caroços, pirulitos e moedas. Para evitar que a garotada engula e engasgue com os objetos, a saída é guardar as guloseimas trancadas e longe do seu alcance. Também é aconselhável manter as moedas fora de circulação.
A pediatra alerta para um erro cometido pelos pais quando algum acidente desse tipo acontece. Segundo ela, em caso da criança engolir algum objeto que possa obstruir sua laringe, nunca se deve enfiar o dedo na boca dos pequenos.
“Procurar um pediatra é uma boa saída para quem deseja saber como proceder em casos de ingestão de objetos. A maneira correta de agir varia de acordo com a idade”, explica.