Os pais exercem uma importante função na estruturação da personalidade dos seus filhos. Acontece que boa parte dos pais passa horas em seus empregos, afastando-se assim do lar. E isso é um problema. É inquestionável que esse “abandono” de alguma forma repercute na formação da identidade da criança.
Ao chegarem em casa, os pais devem privilegiar o convívio, contar e escutar com interesse as experiências vividas pela criança. Sempre de forma natural. A psicóloga Rosana Morales Fonseca comenta essa questão.
“Há de fato a necessidade de compensar a criança afetivamente, aproveitar esses momentos para dar amor e atenção, entretanto isso não pode ser uma obrigação, pois a criança tem uma sensibilidade muito grande que capta a falta de prazer dos pais neste momento, podendo interpretar isso como falta de amor ou como ‘eu atrapalho’” revela.
Com atitudes espertas, os pais podem agradar a criança sem obrigatoriamente brincar com ela. Um exemplo é o pai que chega cansado do serviço e quer descansar assistindo a um programa televisivo.
Peça para ela brincar pertinho de você que será muito melhor. “A espontaneidade na relação é muito importante, não se deve agir temendo que estejam errando, viver na culpa. Não se culpem por trabalhar para dar conforto e segurança para seus filhos”, analisa Fonseca.
Educando à distância – Mesmo longe de casa, a atitude dos pais deve ser constante e planejada, pois é necessário que a criança saiba que qualquer deslize cometido será repreendido assim que a mamãe ou papai chegar.
“Não chega a ser um castigo, mas deve ser ensinada que no mundo real se fizer algo errado, a sociedade vai puni-la”, entende a psicóloga.
Escolha da babá ou empregada – Na ausência dos pais, a pessoa que cuida da criança deve educá-la de acordo com as normas de casa, isto é, de acordo com as regras que os pais seguem. Por isso é essencial orientar a cuidadora de como agir com a criança. A educação não se faz somente de forma presencial.
Nada em excesso – Os pais nunca devem adotar a filosofia de impor regras rígidas e, por ter obtido sucesso com tal educação, liberar o filho a fazer o que quiser por determinado momento, como prêmio pela obediência.
As conseqüências desse ato são crianças de 3 ou 4 anos tiranas e que mandam nos pais. Essa tirania não tem a ver com afeto, mas sim com falta de administração de autoridade.
Mostre toda atenção e amor que a criança precisa. Isso é fundamental para um vínculo afetivo entre pais e filhos que dará auto-estima e confiança para a criança.
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“Os pais têm a função de prover o filho de cuidados físicos e psíquicos como alimento, calor, amor e contato físico, dar segurança emocional, compreendê-los e mostrar-lhes os limites e dar a noção que mesmo durante sua ausência, eles continuam amando e protegendo-o”.