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Dia Internacional da Mulher: Mães, mulheres e o equilíbrio que todas precisam

Tempo de Leitura: 5 minutos
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Cassandra

Neste mês de março, celebramos o Dia Internacional da Mulher, um momento para homenagear as conquistas femininas e refletir sobre os desafios diários que ainda enfrentamos. Para muitas, a maternidade é simultaneamente um dos maiores desafios e um dos maiores presentes da vida. Para as mães que equilibram filhos, carreiras e tantas outras responsabilidades, o peso emocional e físico pode ser esmagador. Muitas vezes, a sociedade não reconhece o esforço constante e silencioso dessas mulheres, que, com coragem, seguem trilhando seus caminhos.

Mães de filhos atípicos, por exemplo, enfrentam uma demanda emocional muito mais intensa. Elas dedicam-se com afinco para oferecer o melhor cuidado, educação e apoio aos filhos, muitas vezes solitária e sem o suporte necessário. A atenção redobrada que esses filhos exigem deixa a mãe exausta e, frequentemente, desprovida de tempo ou energia para olhar para si mesma. A figura da “boa mãe” pode se tornar uma pressão quase insuportável, enquanto ela sacrifica seus próprios sonhos e bem-estar para cuidar dos filhos. Essa falta de autocuidado, no entanto, pode gerar um ciclo de desgaste emocional que afeta não só a saúde da mãe, mas também a qualidade da relação com os filhos e família de modo geral e necessita ser visto com mais empatia.

Por outro lado, há aquelas mulheres que se dedicam incansavelmente ao trabalho para proporcionar uma vida melhor para os filhos. Elas assumem responsabilidades profissionais exigentes e, muitas vezes, esquecem-se de que são humanas e que têm suas próprias necessidades. A pressão por ser bem-sucedida no trabalho, ao mesmo tempo em que cumprem seus papéis como mães e esposas, pode levar essas mulheres ao limite. A sensação de culpa, a falta de tempo para o lar e para a conexão familiar, e a dificuldade em equilibrar essas esferas da vida, tornam-se desafios diários. O peso de querer ser a “perfeita” profissional e mãe pode afetar a saúde mental e emocional dessas mulheres, que frequentemente se vêem em um vazio silencioso, sem tempo para si mesmas.

A maternidade solo traz ainda mais complexidade a esse cenário. Para as mães que assumem sozinhas a responsabilidade pelos filhos, sem uma rede de apoio sólida, a jornada é desafiadora, profundamente exaustiva e muitas vezes solitária. A sobrecarga de tarefas, a pressão constante sobre si mesma da sociedade e a necessidade de ser forte em todas as frentes fazem com que essas mulheres coloquem suas necessidades em segundo plano. Contudo, é importante reconhecer que a saúde mental e emocional dessas mulheres também merece cuidado. Quando uma mãe não se permite cuidar de si, a exaustão e o estresse podem afetar tanto sua qualidade de vida quanto a relação com seus filhos.

Por isso, neste mês que celebramos o Dia Internacional da Mulher, faço uma homenagem a todas essas mulheres e tantas outras. Mulheres que, em meio às dificuldades, continuam lutando e dando o melhor de si. Mas também é um momento para lembrar que uma mulher, para ser uma boa mãe, esposa e profissional, precisa primeiro ser uma boa versão de si mesma. O equilíbrio emocional, o autocuidado e a construção de uma rede de apoio são fundamentais para que a mulher consiga atravessar os desafios da maternidade sem perder sua própria identidade e saúde mental.

Olhar para si mesma, cuidar da sua saúde emocional e pedir ajuda quando necessário são atitudes essenciais para que a mulher consiga viver a maternidade de forma mais plena, leve e saudável. O Dia Internacional da Mulher é, acima de tudo, uma oportunidade de reconhecer que o verdadeiro poder está em ser quem somos, com todas as nossas necessidades, e que um equilíbrio entre a maternidade e a mulher que somos é o que realmente traz prazer e satisfação à vida.

Que este dia seja uma celebração das mães, mulheres e guerreiras que continuam a fazer do mundo um lugar melhor, não apenas para seus filhos, mas para elas mesmas. Porque, para ser uma boa mãe e mulher, é preciso antes de tudo ser uma mulher em equilíbrio com sua própria essência humana.

Felicidades!

Evelyn de Paula Pereira

Estudiosa sobre assuntos diversos que compõem o desenvolvimento psicomotor infantil, comportamento e parentalidade. Formada em Educação física. Especialização em Psicomotricidade Clínica/ Educacional. Coautora do livro “Psicomotricidade: da gestação à melhor idade”. Fazendo curso de formação em neurociência do desenvolvimento infantil.
@evelyn.corpoematividade

evelyn.corpoematividade@gmail.com.br
Blog: www.corpoematividade.com.br



LEGENDAS:
Cassandra, 44 anos, psicóloga e mãe atípica, iniciou os tratamentos terapêuticos para sua filha aos 3 meses de vida, dedicando sua rotina a suprir suas demandas e a dar atenção à caçula. Conta com uma rede de apoio para lidar com a alta demanda.

Thais, 45 anos, musicoterapeuta especialista em ginecologia natural, é mãe de seis filhos, como gosta de frisar, mesmo diante da perda gestacional. Cada um tem idades e desafios distintos. Criou os filhos enquanto trabalhava ao lado do marido na empresa de instrumentos musicais. Com criatividade e resiliência, enfrentou momentos desafiadores sem sucumbir às dificuldades. Entre os altos e baixos de sua rotina, recorre a pessoas próximas para apoio emocional. Os mais velhos já estão entrando na faculdade.

Marina, 33 anos, casada, engenheira de produção, conseguiu adaptar sua carreira à maternidade com uma rotina de trabalho flexível, permitindo que dedique atenção aos dois filhos. O mais velho já está na escola, e o bebê, que ainda fica em casa, conta com suporte para que ela consiga ajustar sua rotina e dar conta de tudo.

Erika, 34 anos, mãe solo, enfrentou momentos desafiadores nos primeiros anos de vida da filha, lidando com um divórcio inesperado, a alta demanda emocional e os desafios da rotina. Após muitos obstáculos, está concluindo a faculdade de pedagogia. Luta todos os dias para oferecer o melhor à filha, que não tem nenhum convívio com a figura paterna.
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