“Ao notar o atraso, é importante a realização de uma série de exames para investigar a causa do problema. Em alguns casos, o atraso constitucional de crescimento (ACCP), que é caracterizado por baixa estatura pode desencadear a puberdade tardia”, explica.
O atraso provocado pelo ACCP não caracteriza uma doença, mas um retardo de desenvolvimento.
Quando a puberdade acontece?
A puberdade ocorre devido aos impulsos hormonais e cerebrais que atingem os ovários (nas meninas) e os testículos (nos meninos). Esses hormônios são responsáveis pelo crescimento dos jovens entre 10 e 11 anos. Após essa fase, ambos alcançam a estatura final que acontece por volta dos 14 e 15 anos.
Durante a puberdade feminina, é possível notar os seios em desenvolvimento, o crescimento de pelos pubianos, aumento significativo na altura e no peso. Nos meninos, essa fase é responsável pelo crescimento dos testículos, escroto e pênis, surgimento de pelos pubianos, aumento da altura e do peso, ereções frequentes e mudança de voz.
E quando ela atrasa?
Nas meninas, ela costuma ser diagnosticada quando aos 14 anos ainda não ocorreu a menarca. Já nos meninos, também nessa faixa etária, pode ser notada a deficiência de alargamento testicular. “O pré-adolescente que não atinge a puberdade na idade esperada, geralmente, tem baixa estatura. Elas podem apresentar um corpo fino devido ao atraso no desenvolvimento do esqueleto”, destaca a endocrinologista.
Tratando o problema
O primeiro procedimento para tratar a puberdade tardia é identificar a sua causa. A partir disso, o médico pode indicar os medicamentos certos. “A criança irá passar por vários exames e, dependendo da causa, pode ser indicado medicamento para melhorar os níveis hormonais. Em casos mais graves, pode ser necessário optar pelo procedimento”, alerta a médica.
O tratamento é mantido por curtos períodos para que a criança consiga desenvolver os caracteres sexuais secundários compatíveis com a idade. “Alguns tratamentos trabalham com a indução de crescimento, sem provocar o fechamento prematuro das epífises (avaliação semestral da idade óssea). A importância de estimular a estatura da criança é para que ela não sofra preconceito evitando assim um desajuste social e baixa autoestima”, orienta a endocrinologista.
Fonte- Endocrinologista Carolina Mantelli Borges, da Clínica de Especialidades Integradas.
Site- www.especialidadesintegrada.com.br