Clique e acesse a edição digital

ENTENDENDO MELHOR AS INTERVENÇÕES MÉDICAS

Tempo de Leitura: 5 minutos
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

No Brasil, a maioria dos partos ocorre em ambiente hospitalar, onde há maior disponibilidade de recursos médicos para lidar com complicações, assim como anestésicos e outras drogas, mas também há protocolos rígidos a serem seguidos.
Desta forma é importante ter uma visão realista e informada sobre a conduta hospitalar, os procedimentos médicos de rotina, as instalações para o parto, etc.
Uma visita prévia à maternidade a deixará mais segura e familiarizada com o ambiente, o que importante para o bom desenvolvimento do trabalho de parto. Muitas maternidades dispõem, inclusive, de cursos para os futuros pais. Verifique se a sua maternidade oferece este serviço, agende uma visita e vá pronta para tirar todas as suas dúvidas.
Conheça aqui alguns dos procedimentos médicos de rotina na maioria dos hospitais brasileiros.
Internação – Esta é a parte burocrática em relação à prestação do serviço hospitalar. Geralmente se apresenta uma carta de internação, fornecida pelo médico, preenche uma ficha, apresenta os documentos, carteirinha do convênio e assina o contrato. Se estiver em trabalho de parto tenha em mente que pode demorar alguns (ou vários) minutos para ser admitida pela enfermagem, a não ser que já esteja com trabalho de parto muito avançado. E, é claro, se o parceiro estiver junto, ele pode ficar responsável por esta parte!
Quando admitida pela enfermagem, você é encaminhada a uma sala, onde deve despir-se completamente, tirando inclusive óculos e brincos, guardando todos os seus pertences em uma sacola e vestir um avental.
Monitoramento materno – No momento da admissão os sinais vitais (frequência cardíaca, pressão arterial e temperatura) são verificados, enquanto a enfermeira faz perguntas sobre sua condição de saúde e progresso do trabalho de parto.
Exame de toque – Exame intravaginal realizado para verificar a qualidade e o progresso da dilatação do colo uterino. Não há indicação para exames de toque repetitivos e por diferentes profissionais.
Cardiotocografia – Encaminhada a outra sala, inicia-se o monitoramento fetal. Uma cinta com dois receptores é amarrada à barriga: um mede a força das contrações e o outro, os batimentos cardíacos do bebê. Este monitoramento é feito com a gestante deitada de costas na maca, por cerca de 30 minutos. Enquanto alguns hospitais e profissionais ainda mantém o aparelho “plugado” à mulher durante todo o trabalho de parto, outros o fazem ausculta intermitente, ou seja, monitorando o bebê de maneira não contínua, de acordo com as evidências científicas mais recentes.
Jejum – Na maioria das instituições hospitalares, a mulher em trabalho de parto é totalmente privada de líquidos e alimentos. O objetivo seria prevenir a aspiração do conteúdo gástrico na eventualidade de anestesia geral. Tal prática tem efeitos nocivos para mãe e bebê e deve ser avaliada caso a caso.
Enema – Eventualmente aplica-se uma lavagem intestinal. Ao contrário do que se acredita, a lavagem não apresenta efeitos sobre a infecção neonatal e puerperal, além de não afetar positivamente a dinâmica uterina ou o tempo de duração do trabalho de parto.
Tricotomia – Trata-se da raspagem dos pelos pubianos com o objetivo de reduzir infecções. Não há evidências científicas suficientes que recomende esta prática de forma rotineira no pré-parto e não é aconselhada pela Organização Mundial da Saúde.
Indução de parto – Algumas vezes o parto não progride de maneira satisfatória e pode ter que ser induzido artificialmente. Pressão alta materna ou pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, incompatibilidade do fator Rh, sangramentos ou placenta com qualidade comprometida são situações que justificariam uma indução, a ser realizada através de:
Medicamentos – Instalação de soro com medicação intravenosa contendo ocitocina (hormônio responsável pela contração uterina) sintética ou ainda, aplicação local (no colo do útero) de medicamento com o objetivo de acelerar as contrações.
Ruptura artificial de membranas – Quando a membrana que protege o bebê não se rompe antes do trabalho de parto, pode ser rompida artificialmente pelo obstetra com o objetivo de acelerar o parto e encorajar o início das contrações.
Analgesia peridural – É um método farmacológico de controle da dor que se baseia na administração de substâncias analgésicas por via peridural (espaço entre a dura-máter e a parede do canal raquidiano na medula espinhal) amplamente empregada para aliviar as dores do parto. Pode diminuir o ritmo do trabalho de parto, e a mulher pode ter até três vezes mais chances de receber doses de ocitocina sintética para corrigir a dinâmica.
Episiotomia – Corte no períneo (musculatura de sustentação do assoalho pélvico) entre a vagina e o ânus, aumentando a abertura do canal de parto. Apesar de ser amplamente praticado no Brasil, também não há evidências que corroborem com qualquer indicação de episiotomia.
Fórceps ou vacum extrator – São ferramentas utilizadas para apressar a expulsão do bebê no segundo estágio do trabalho de parto, quando a cabeça do bebê para de descer no canal de parto. São utilizados em casos de estresse materno ou fetal (alteração dos batimentos cardíacos).
Cirurgia cesariana – A cesariana é uma cirurgia de grande porte, em que bebê e placenta são retirados do útero através de uma incisão abdominal. Há dois tipos de cirurgia cesariana:
Emergencial – Pode ser necessária em decorrência de complicações do trabalho de parto que possam comprometer a saúde de mãe e bebê.
Eletiva – São as cirurgias agendadas com antecedência, devido a agravos à saúde materno-fetal, como as gestações de alto risco, ou por escolha pessoal da gestante.
Agora que você já sabe quais são as principais intervenções médicas realizadas durante o parto, discuta-as com o seu médico, quem terá grande influência sobre a equipe do hospital, solicitando a quebra de rotinas desnecessárias, através da carta de internação. As vantagens e riscos de cada procedimento devem ser avaliados pela parturiente, seu parceiro e equipe médica.

Fonte- Naturóloga e Doula Raquel Oliva, Fundadora da Empresa Comparto
Site- http://www.comparto.com.br/

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on linkedin
LinkedIn
Share on twitter
Twitter
Share on email
Email

Dores de cabeça infantis

Crianças podem sofrer de dores de cabeça devido à ansiedade e apertamentos de dentes. Cada vez mais, a ansiedade é desencadeadora de alguns fatores que

Leia Mais »

Subscribe To Our Newsletter

Subscribe to our email newsletter today to receive updates on the latest news, tutorials and special offers!