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Especialista fala sobre a importância das vacinas em diversas fases da vida

Tempo de Leitura: 4 minutos
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Essenciais para a vida e para o bom desenvolvimento do sistema imunológico, as vacinas estão presentes desde o nascimento até a vida adulta. No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde promove campanhas gratuitas que devem ser seguidas pela população de diversas faixas etárias.

Mesmo com a ampla divulgação, muitas incertezas e mitos surgem sobre o assunto. A pediatra da B2 Saúde e Carelink, Ana Maria Meireles Santana, soluciona algumas dessas dúvidas e ressalta a importância de seguir à risca o calendário de vacinação contra diversas doenças.

O calendário contempla os prematuros, crianças de 0 a 10 anos, adolescentes de 11 a 19 anos, homens e mulheres de 20 a 59 anos, além dos idosos (pessoas acima de 60 anos). BCG, Hepatite A e B, Pneumocócica, Meningocócica C e HPV são algumas das mais conhecidas e disponibilizadas gratuitamente nas campanhas.

“Considero a vacina contra o HPV uma revolução na medicina. A doença é altamente contagiosa, até mais do que o HIV. É muito importante que a vacina faça parte do calendário oficial, pois a doença pode causar o câncer de colo de útero e do pênis”. Ainda segundo a especialista, a vacina contra o HPV foi criada na Austrália e já é utilizada como estratégia de saúde pública por mais de 50 países.

Com administração injetável ou via oral, cada vacina tem a sua indicação e modo de ação. Atualmente, as vacinas orais são a Pólio e a Rotavírus. Todas as outras são aplicadas de forma injetável. “A única diferença entre as aplicações é o modo de absorção pelo organismo”.

Segundo a especialista, as reações adversas podem sem divididas em dois grupos: as locais e as sistêmicas. “Quando falamos em vacinação muitas incertezas surgem. As pessoas não são imunizadas, pois ficam preocupadas com os possíveis efeitos colaterais, porém não devemos esquecer que esses efeitos ocasionados pelas vacinas não são mais importantes do que as doenças que elas previnem”, ressalta a especialista.

As reações adversas locais como, por exemplo, dor, edema e vermelhidão na área de aplicação da injeção podem ocorrer em até 50% das doses administradas. “Após algumas horas da administração, são habitualmente autolimitadas”, diz a médica.

Nas reações sistêmicas pode ocorrer febre, mal estar, fadiga, irritabilidade, alterações do sono, dores de cabeça, dores musculares e falta de apetite. “Essas reações também são comuns e inespecíficas, geralmente são de melhora rápida”.

Carteirinha de vacinação

Em casos de perda da carteirinha, é necessário ir até a Unidade Básica de Saúde mais próxima da residência e conversar com o médico sobre o ocorrido. Somente o especialista poderá avaliar a situação e encaminhar para a reaplicação das vacinas necessárias.

Vacina BCG

No mês de julho, comemora-se o surgimento da vacina contra a tuberculose, conhecida como BCG (Bacilo de Camette e Guérim), nome em homenagem aos dois cientistas que a desenvolveram. Com surgimento em 1920, a vacina foi utilizada pela primeira vez em 1921 sob a forma oral. Atualmente é aplicada de forma injetável.

A vacina BCG-ID brasileira, é reconhecida como de alta qualidade pelos laboratórios internacionais. Produzida a partir de cepas atenuadas do Mycobacterium bovis, utiliza um bacilo semelhante ao causador da doença, capaz de desenvolver a imunidade na pessoa que a recebe sem o risco de causar doença.

A BCG é universal e recomendada para todas as crianças logo após o nascimento ou no máximo no primeiro mês de vida. Crianças com HIV positivas sem sintomas e filhos de mulheres soropositivas assintomáticas, também podem ser vacinados.

A vacina é contra indicado para os recém-nascidos com peso inferior a 2.000 gramas, crianças com infecções de pele extensas e em atividade, além dos indivíduos HIV positivos que apresentam os sintomas.

“A BCG é aplicada em uma única dose no braço direito e ficará uma pequena cicatriz no local. Após a aplicação, os sintomas mais frequentes são o aparecimento de nódulo na área da aplicação, que evolui para uma crosta com duração média de 8 a 10 semanas”, finaliza a especialista.

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