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Estética facial das nossas crianças. Onde estamos errando?

Tempo de Leitura: 3 minutos
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Ao longo das últimas décadas, vários estudos  foram elaborados avaliando a percepção de atratividade, beleza, inteligência e até competência das crianças em diversas faixas etárias.
Como resultado, percebe-se que embora a princípio possa  parecer um  absurdo, especialistas evidenciaram que as crianças fisicamente mais bonitas, são consideradas por elas mesmas, muito mais competentes, inteligentes e mais agradáveis do que crianças consideradas menos bonitas.
E o que se entende por ser bonita ou não?
Muitas das características que fazem uma face parecer pouco atrativa ou pouco bonita, tem a ver com deformidades dento-faciais ou com um desenvolvimento facial inadequado. Deformidades podem ser congênitas ou são adquiridas nas fases iniciais do crescimento infantil.
Para que aconteça um bom desenvolvimento craniofacial, é preciso que todas as funções do sistema estomatognático – sucção, mastigação, deglutição, fonoarticulação e respiração- estejam sendo efetivos.
Desde o nascimento, é preciso acompanhar e tratar qualquer função que não esteja funcionando corretamente. Por exemplo, garantir que a amamentação seja eficiente e prolongada por pelo menos os primeiros 6 meses da vida do bebê. Se certificar que as funções de sucção, deglutição e respiração sejam coordenadas e adequadas. Estimular a mastigação vigorosa de alimentos fibrosos e bilateral, ou seja, a língua trabalha para jogar a comida para os dois lados da boca para ser triturada.
Muitos recém-nascidos apresentam a “rinite no lactente”, que pode deixar o bebê com o nariz obstruído, forçando-os a respirar pela boca. Essa respiração oral pode inclusive virar um hábito. Muitos dos primeiros problemas de saúde infantil são de origem respiratória e podem começar com a respiração pela boca. Sinusites, amigdalites, faringites, bronquiolites… A respiração nasal filtra o ar, protegendo o organismo da entrada de micro-organismos patogênicos. Todo esse mal funcionamento das funções, provocam a instalação das maloclusões.
A maloclusão acontece quando existe uma relação anormal do encaixe dos dentes e ossos onde eles estão inseridos. Os distúrbios craniofaciais afetam a estética da face promovendo desproporções e assimetrias que estão intimamente relacionadas a uma face de pouca atratividade. A desarmonia facial interfere no bem-estar psicológico e na qualidade de vida da criança de forma ampla.
Segundo alguns estudos da minha pesquisa, os pais têm dificuldades em perceber as deficiências estéticas dos seus filhos por fatores emocionais, por desinformação ou mesmo falta de tempo. Como consequência, esses pais acabam procurando tratamentos um tanto quanto tarde, tornando a correção muito complexa ou improvável.
Em todas as pesquisas, entendemos que os responsáveis reconhecem a necessidade de promover qualidade de vida para seus filhos. E que os aspectos estéticos da face de uma criança, são sim muito importantes.
E o que podemos fazer para prevenir problemas no desenvolvimento craniofacial facial da criança?
Algumas análises defendem  que crianças que são acompanhadas desde cedo por um dentista, tem menores riscos de desenvolver problemas dentários e estéticos na face, do que as que só procuram um profissional somente quando os dentes estão desalinhados ou com atividade de cárie.
Ajudar a criança a alcançar seu melhor potencial de harmonia facial depende muito de um  correto diagnóstico realizado por profissionais. A informação infelizmente ainda não é ampla. É preciso que mais e mais famílias sejam educadas a se conscientizar da importância do diagnóstico e tratamento precoce e dos benefícios para seus filhos através de visitas a profissionais como o odontopediatra e ortodontista logo nos primeiros anos de vida.


Dra. Gisele Costa Pinto
É dentista Ortodontista e Odontopediatra com foco no acompanhamento do desenvolvimento Craniofacial desde a Gestação
dragiselecp@gmail.com
@giselecostapinto
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