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Flavia Calina: A jornada de fé e persistência até amaternidade

Tempo de Leitura: 5 minutos
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Fotos Flavia (15)

Hoje, com quatro filhos, as palavras “infertilidade” e “tentante” parecem distantes, mas, quando olho para trás, ainda sinto toda a dor, inseguranças e incertezas daquele período.

Meu nome é Flavia Calina, tenho 42 anos e sou mãe da Victoria (11), do Henrique (8), do Charlie (5) e da Rebecca (2). Todos vieram ao mundo por meio da fertilização in vitro (FIV), um caminho desafiador, mas que me trouxe os maiores milagres da minha vida.

Desde pequena, sonhava em ser mãe. Nunca tive uma profissão dos sonhos, nem idealizava uma grande festa de casamento, mas a maternidade sempre foi um desejo profundo. Minha mãe me teve muito jovem, aos 22 anos, e sempre foi minha maior referência. Éramos muito próximas, e sua energia para estar comigo e fazer as coisas juntas marcou minha infância.

Casei-me com 22 anos, em 2005, e um ano depois, resolvemos tentar iniciar a nossa família. Ricardo, meu marido, ainda não estava pronto, mas decidimos deixar acontecer naturalmente.

Passou um ano, dois… e nada. Comecei a me preocupar ao ver pessoas próximas engravidando sem dificuldades, então buscamos respostas médicas. Meus exames estavam normais, mas o espermograma do Ricardo revelou uma contagem muito baixa de espermatozoides, o que poderia explicar a dificuldade em engravidar. Ainda assim, nos apegamos à esperança de que bastava um único espermatozoide para termos sucesso!

Fiz tratamentos com medicamentos para estimular a ovulação, acompanhei ciclos, usei testes de ovulação e, depois de um tempo, tentamos a inseminação artificial, que era um procedimento menos invasivo e mais em conta financeiramente. Foram duas tentativas, uma com medicamento oral e outra com injetáveis, e, para a nossa frustração, ambas as tentativas falharam. Depois de tantos anos tentando, nunca tinha visto um teste de gravidez positivo.

Durante esse período de tentativas, eu trabalhava como professora de educação infantil. Apesar da realização profissional e de amar o que eu fazia, passar o dia todo ao redor de crianças e voltar para casa sem meu próprio filho me trazia uma dor e uma solidão constantes. 

Para me distrair dessa tristeza, minha mãe me incentivou a buscar algo que me fizesse feliz, e foi então que descobri o YouTube e me encantei pelo mundo da maquiagem. Passei a assistir vídeos diariamente, aprendendo tudo sobre pinceis, cores e técnicas. Meu entusiasmo cresceu tanto que comecei a gravar vídeos ensinando minha mãe e minha irmã a se maquiarem, e logo me apaixonei pelo processo de filmagem e edição. Assim, iniciei minha trajetória na internet como criadora de conteúdo, que acabou se tornando a minha profissão.

Minha fé foi essencial durante essa jornada. Sempre acreditei em Deus e buscava conforto na oração, e Ele me dizia que iria fazer o milagre para mim, que eu deixasse em Suas mãos. Assim, os anos se passaram e, sem mais intervenções médicas, segui esperando um sinal.

Foi minha mãe quem rompeu esse ciclo de espera. Certo dia, ela me ligou e disse: “Flavia, acabei de ter uma experiência surreal! Deus me confirmou: eu vou pagar uma in vitro para você!” Meu coração se encheu de alegria. Busquei a palavra e senti que era o momento certo.

Conseguimos apoio da família, organizamos tudo e fomos ao Brasil. O médico confirmou que a in vitro era nossa melhor opção. Fizemos o procedimento e, incrivelmente, engravidei de primeira! Depois de sete anos, finalmente tive o meu primeiro positivo! A nossa amada Victoria nasceu em novembro de 2013. Seu nome não poderia ser outro: ela foi a nossa maior vitória após tantos anos de espera.

O dia do seu nascimento foi o mais feliz da minha vida! Nunca chorei tanto de emoção. Meu médico sempre dizia: “A gente só conta a vitória com o bebê no colo, saindo do hospital, indo para casa.” E finalmente vivi essa vitória.

Com um ano, já estava pronta para ter um segundo filho. Tentei engravidar com os dois embriões que já tínhamos congelado, mas um não sobreviveu ao descongelamento e o outro não vingou. Fiquei devastada! A dor dos anos de infertilidade voltou com toda força. Mas seguimos firmes e, no ano seguinte, fizemos um novo ciclo. Dessa vez, conseguimos 11 embriões saudáveis e implantamos um. Assim, meu filho Henrique nasceu. Foi mais um momento indescritível de felicidade.

Dois anos depois, voltamos a tentar e descongelamos mais dois embriões. Foi assim que o Charlie chegou à nossa família, nos trazendo muita alegria! Mas eu sentia que a nossa família ainda não estava completa. Vim de uma família muito grande e sempre quis que meus filhos tivessem irmãos. Então, fizemos uma nova transferência e a Rebecca nasceu. 

Tivemos uma jornada dolorosa, com altos e baixos, mas olhando para a nossa família hoje, vejo que todas as lágrimas e desafios valeram a pena! Quando vejo meus quatro filhos juntos, sinto que Deus cumpriu os desejos do meu coração.

Se você está passando por infertilidade, não desista! Não pare diante dos obstáculos! Se há recursos e vontade, tente. Eu sempre penso: “E se eu tivesse desistido? E se a dor e o medo tivessem me paralisado? Eu não teria essas bênçãos na minha vida.”

Tenha força, fé, busque apoio e histórias positivas que tragam esperança! Se esse é o seu sonho, acredite: milagres acontecem.

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