O aleitamento materno – além das indiscutíveis propriedades físicas, nutricionais e psicológicas – é fundamental para a saúde bucal do bebê. Ao mamar no peito da mãe, o bebê respira pelo nariz e, assim, é obrigado a morder, avançar e retrair a mandíbula, o que propicia o correto desenvolvimento muscular e esquelético da face e possibilita a obtenção de uma boa oclusão dentária.
A higiene bucal deve começar a partir do nascimento do bebê. No recém-nascido, a limpeza deve ser feita com gaze ou fralda umedecida em água limpa, para remover os resíduos de leite. Com o nascimento dos primeiros dentes (por volta dos seis meses), a fralda deve ser substituída por uma dedeira.
Aos 18 meses, com o nascimento dos primeiros molares decíduos, a higiene deverá ser realizada com uma escova dental infantil sem creme dental ou com um creme dental sem flúor. O creme dental fluoretado só deverá ser utilizado a partir dos dois ou três anos de idade, quando a criança souber cuspir completamente o seu excesso.
A cárie é uma doença transmissível. O Streptococcus mutans, bactéria causadora da cárie, pode ser transmitido da mãe para o filho pelo contato direto. Por isso, não se deve soprar a comida do bebê nem experimentá-la com o talher dele, pois é possível transmitir essas bactérias à criança.
A primeira visita ao dentista deve ser feita ainda na gestação. O ideal é que a mãe faça uma consulta para receber as orientações necessárias para manter a correta saúde bucal do seu filho. Independentemente da consulta da gestação ter sido realizada, a primeira consulta do bebê deve ser por volta dos seis meses, coincidindo com o nascimento do primeiro dente decíduo. Preferencialmente, a consulta deve ser realizada com o odontopediatra, pois é ele o profissional habilitado a fazer esse primeiro atendimento.
A cárie de mamadeira é uma cárie de desenvolvimento rápido (aguda), que provoca dor e dificuldade de alimentação, determinando perda de peso e de estatura. É provocada pela ingestão de líquidos açucarados na mamadeira, principalmente durante a noite, sem que seja feita a higiene bucal posterior.
Quando for trocar a mamadeira pelo copo, e houver preocupação de o bebê não tomar mais leite, a mãe deve ter alguns cuidados. Todo processo de remoção de hábitos deve ser lento e gradativo. Antes de remover a mamadeira, é necessário ter certeza de que seu filho sabe e gosta de tomar líquidos no copo.
Para isso, primeiramente substitua apenas uma mamadeira pelo copo (geralmente, inicia-se pela mamadeira da tarde). Quando perceber que seu filho está tomando todos os 250 ml anteriormente oferecidos na madeira, no copo, substitua a mamadeira da manhã. No momento em que ele estiver ingerindo 500 ml de leite por dia no copo, a mamadeira da noite deverá ser substituída.
Esse processo pode durar de dois a seis meses, dependendo da criança. Por isso, o ideal é que ele seja iniciado um pouco antes dos dois anos de idade. Para facilitar o processo, pode-se usar os copos com tampa, também chamados de copos de transição.
Para remover a chupeta, deve-se reduzir o seu uso a cada dia. Comece utilizando-a moderadamente, somente quando a criança estiver adormecendo. Quando a criança dormir, lentamente remova a chupeta da boca e guarde-a. Nunca deixe a chupeta em correntes penduradas no pescoço ou ao alcance da criança.
É a mãe que deve administrar as horas de uso, e não a criança. Assim, cada dia ela usará a chupeta um pouco menos até reduzir completamente o seu uso, o que deve ocorrer por volta dos dois anos de idade.