O ser humano vive em constante processo de desenvolvimento, que se dá não só no corpo, como também na personalidade e na capacidade de se relacionar.
A história do bebê começa até mesmo antes dele nascer. Após seu nascimento, sabemos que ele sozinho não é capaz de existir, pois necessita de alguém para sobreviver e esperamos que este alguém possa ser a sua mãe.
“A mãe (ou quem a substitua) deve conhecer o seu filhinho e saber do que ele necessita, independentemente de qualquer técnica materna ensinada em livros ou manuais. Ela deve estar voltada para estas necessidades e atendê-las de um determinado modo e momento, que saberá de acordo com sua intuição, justamente por estar dedicada ao seu bebê”, afirma a psicóloga Cynthia Boscovich.
Um bebê recém nascido não é capaz de reconhecer tão bem sua mãe quanto um bebê maior, mas o padrão dos cuidados prestados por ela, dão a ele uma espécie de totalidade desta mãe, através dos momentos especiais vividos, que em geral estão relacionados a cuidados físicos, como amamentação, o segurar, a qualidade de seu toque, o cheiro, etc. e para que isto ocorra, o bebê precisa que a mãe seja uma presença inteira e constante.
Os bebês choram por natureza e estranhamos quando não ouvimos um bebê chorar. A mãe devotada, que convive com ele e conhece o motivo do seu choro, é capaz de atender rapidamente o que ele necessita. Pode ser que ele esteja com sono, com a fralda suja, pode ser que ele queira mamar ou tenha alguma dor. Ela providenciará os cuidados necessários para tranquilizá-lo. À medida que ele vai crescendo, consegue aguardar mais tempo a chegada deste cuidado, entretanto isto só é possível se o padrão de cuidados estabelecidos foi seguro e confiável.
Existem bebês que são mais tranquilos, que conseguem aguardar chegada do cuidado com mais serenidade. Mas existem bebês que desde muito novinhos não toleram a demora. Alguns bebês são muito vorazes para mamar, enquanto outros recusam a mamada. Uns são agitados ou agressivos, outros podem ser mais tranquilos. É comum encontrarmos bebês sorridentes em ambientes públicos por exemplo, mas também nos deparamos com bebês que estranham facilmente qualquer ambiente. Existem bebês que choram com mais força e reclamam facilmente quando não estão satisfeitos, enquanto outros aguardam passivamente.
“O que pretendo dizer com isto é que o ambiente do bebê é caracterizado pelo cuidado prestado de acordo com suas necessidades e características de personalidade, contudo se tais características não forem consideradas, outro padrão de personalidade poderá se formar. Tudo o que o bebê interioriza, está relacionado ao ambiente em que ele vive. À medida que ele vai crescendo, demonstra com mais clareza o que necessita e o depois o que deseja, explica a psicóloga.
Quando maior, ele pode estar com fome, por exemplo, e se recusar a comer a papinha e fazer birra por querer comer chocolate, neste momento a intervenção dos pais será primordial, cabe a eles decidir o que ele deve comer.
A personalidade do bebê se forma a partir das características individuais que já nascem com ele, juntamente com os cuidados prestados pelo ambiente em que se encontra. O ambiente do bebê é a mãe e os cuidados e segurança por ela proporcionados. E para que ela possa realizar tudo isto, também precisa estar segura.
As crianças captam as emoções que lhe são passadas, seu comportamento é reflexo de suas características, do comportamento de seus pais e do mundo em que estão inseridas.
O carinho recebido nesta fase e o respeito às suas características individuais, são fundamentais para firmar sua personalidade, que continuará se formando ao longo de seu crescimento, assim como a forma de ver o mundo e se relacionar com os outros.
Cynthia Boscovich
Psicóloga clínica, psicanalista. Além de atender adolescentes e adultos em seu consultório, possui um trabalho específico com grávidas, mães e bebês, atuando na área de prevenção e tratamento.
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