Infecções respiratórias são as principais causas de hospitalizações nos primeiros anos de vida, recém-nascidos prematuros, por suas próprias características físicas, nutricionais e imunitárias, apresentam maior morbidade e mortalidade associadas a essas infecções. Os lactentes possuem algumas particularidades fisiológicas e anatômica do sistema respiratório que leva o aumento de infecções respiratórias com maior frequência, quando comparamos com crianças maiores, e podem desenvolver quadros de insuficiência respiratória grave.
A Bronquiolite e Pneumonia são duas doenças mais frequentes. A longo prazo, uma das consequências mais comuns é o chiado recorrente no peito, que pode persistir até a adolescência.
Quais são as 4 principais particularidades fisiológica e anatômica do sistema respiratório do bebê?
1. As vias aéreas dos lactentes são menores e mais curtas. Dessa forma, patologias respiratórias que reduzem o diâmetro das vias aéreas, mesmo que minimamente, estão relacionadas a um aumento do trabalho respiratório e da resistência ao fluxo de ar.
2. A língua dos lactentes é maior e ocupa uma maior parte da cavidade oral, em comparação com crianças maiores. Isso significa que, caso ocorra perda do tônus muscular e queda de língua, ocorre obstrução grave de via aérea em lactentes.
3. As crianças possuem a laringe em formato de funil, diferente dos adolescentes e adultos, que possuem a laringe em formato cilíndrico. Em quadros de laringites agudas, ocorre um aumento importante da resistência ao fluxo de ar nesta região e, pode ocorrer insuficiência respiratória aguda.
4. O posicionamento do diafragma também possui inserção mais alta e mais horizontal. Nesse sentido, a movimentação da musculatura diafragmática é mais limitada e a expansibilidade da caixa torácica não ocorre como em adultos.
Qual a importância da Fisioterapia respiratória nas infecções e insuficiência respiratória?
Devido à imaturidade do sistema respiratório, o bebê está sujeito a apresentar diversas complicações, dentre elas, as respiratórias, o que ocasiona o seu prolongamento na unidade de terapia intensiva neonatal. A fisioterapia respiratória é de grande importância no tratamento e recuperação do RN através da aplicação de técnicas respiratórias melhorando o funcionamento da mecânica respiratória.
Por meio de exercícios respiratórios e manobras de desobstrução brônquicas o fisioterapeuta facilita a entrada do ar, melhora a oxigenação e a eliminação das secreções.