Aparentemente, os seis primeiros meses de vida do bebê é o período mais fácil quando o assunto é alimentação. O leite materno é a única opção. Nos trinta primeiros dias é o recém-nascido que escolhe as horas das mamas, mas depois disso a mãe deve seguir um padrão de amamentar a cada três horas.
Mas é a partir do sétimo mês que começa a preocupação. O que fazer para o meu filho comer? “Essa é uma questão muito importante, porque o alimento está ligado com o desenvolvimento físico e emocional das crianças”, explica André Veinert, nutrólogo da Clínica Healthme Gerenciamento de Perda de Peso.
De sete a onze meses é a fase da comida pastosa. Apesar de a aparência ser diferente das refeições dos adultos, o bebê já pode comer de tudo, desde que sejam alimentos saudáveis. “Pode dar início a comida com carboidratos, como arroz, batata, mandioca e pães”, explica Veinert. Frutas e legumes também estão liberados, assim como carne, frango, peixe, ovos e leguminosas. Porém, nada de açúcar!
Algumas mães voltam a trabalhar antes desse período e não conseguem armazenar o leite materno, então quanto à bebida prefira fórmulas lácteas desenvolvidas para a idade sob a orientação de um pediatra. Assim haverá garantia da ingestão de nutrientes essenciais para o desenvolvimento saudável.
Entre um e três anos a quantidade e variedade de alimentos com carboidratos deve aumentar, assim como a de frutas, porque são eles que estão ligados ao crescimento das crianças. “Podemos falar de cinco porções de carboidratos, três de verduras e legumes e quatro de frutas por dia”, explica o nutrólogo. Vale lembrar que gradualmente as mães devem aumentar a consistência das papinhas e purês, para que cheguem a alimentação regular da família.
Nesse período a criança já deve entender que existe uma rotina alimentar, composta por três refeições e dois ou três lanchinhos no intervalo. “Mantenha um horário fixo. Quando falamos de lanches pode ser fruta, iogurte, um sanduiche pequeno com queijo e cenoura ralada, por exemplo”.
E o bom exemplo também é válido. “Se a criança ver os pais comendo, elas vão entender que aquilo é importante e que todo mundo come e assim fica mais fácil incentivar principalmente a ingestão de verduras”, reforça o nutrólogo.
Procure variar no cardápio, oferecendo um tipo diferente de comida por dia e sempre algo atrativo e colorido. Além de chamar mais a atenção a criança vai receber a quantidade necessária de vitaminas, cálcio e ferro.
Em contrapartida é preciso ficar longe de certos alimentos, que são os industrializados. “Nada de chocolate, balas, achocolatado, café, salgadinhos, bolacha recheada, refrigerante e embutidos”. Devem ser evitados também ovos crus e frutos do mar, assim como cação, eles podem levar a intoxicação alimentar. Também não é recomendado prometer recompensas, como “se você comer tudo vai ganhar isso”. Dessa forma a criança não vai entender a importância da alimentação.
Fonte: André Veinert, nutrólogo da Clínica Healthme Gerenciamento de Perda de Peso.