A deficiência na produção deste hormônio pode ocasionar o nanismo, ou seja, fazendo com que uma pessoa tenha uma estatura muito baixa. E produzido em excesso, causa acromegalia o que provoca crescimento exagerado dos pés, mãos, orelhas e nariz. No entanto, tais casos não são comuns no Brasil. Cerca de 90% das crianças não têm problemas hormonais e a estimativa é de uma criança com deficiência do hormônio do crescimento para cada cinco mil.
Apesar disso, não é exagero os pais ficarem de olho no desenvolvimento de seus filhos. Pois, são eles que podem dar o alerta. “Na escola, já dá para avaliar se a criança está com uma estatura dentro da média”, dá a dica Carolina. Depois com uma avaliação mais precisa sobre o problema percebe-se, geralmente, que a criança acompanha as curvas de crescimento, que indicam se tem um desenvolvimento satisfatório. E a partir do segundo ano fica abaixo do mínimo aceitável, ou seja, do segundo padrão da curva.
Neste caso, o tratamento se dá com a reposição de GH obtendo um aumento de até 15 cm, após o primeiro ano de tratamento. Entre as décadas de 1960 e 1980, este hormônio era obtido a partir da hipófise de cadáveres, método que limitava sua utilização. Com o desenvolvimento da tecnologia do DNA foi possível introduzir o gene do hormônio do crescimento humano em bactérias para estimular a sua produção. E isso possibilita sua utilização em uma série de situações clínicas diferentes.
Já os casos de acromegalia podem ser diagnosticados a partir de uma suspeita ao observar mãos e pés grandes associados a uma face característica (aumento da região frontal/testa), por exemplo. “A doença é facilmente comprovada a partir de exames de sangue, nos quais se mede a dosagem do GH”, relata Carolina. A doença é provocada por um tumor benigno da glândula hipofisária, cuja causa ainda é desconhecida. E o tratamento prevê cirurgia para retirada deste tumor.
Fonte- Carolina Mantelli Borges, Endocrinologista e Metabologista da Clínica de Especialidades Integrada.
Site- www.especialidadesintegrada.com.br