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Quando pensar em alta da fisioterapia?

Tempo de Leitura: 4 minutos
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Essa é uma das dúvidas mais frequentes que recebo da família no dia da avaliação. É uma pergunta simples, porém, com uma resposta complexa, porque a alta da criança indica que ela tem as habilidades esperadas para a idade e consegue executá-las com segurança. Além do mais, a alta da fisioterapia depende de uma série de fatores: condição clínica principal ou doença de base, nível de funcionalidade ou habilidades motoras, presença de deficiências associadas, objetivos terapêuticos, adesão familiar, número de sessões semanais, resposta da criança ao tratamento, e da rotina.

Primeiramente, é importante pensarmos em qual ambiente de alta estamos nos referindo. A criança está internada e faz fisioterapia em unidade hospitalar ou a criança está em casa com a família e faz fisioterapia em uma clínica? As duas condições têm diferenças significativas. Se a criança está em internada em um hospital, ela pode receber a alta médica e ainda assim necessitar de acompanhamento de fisioterapia; especialmente se ela apresentar um diagnóstico crônico que comprometa sua funcionalidade dentro da rotina.

É fundamental que em casos de internação hospitalar, a família mantenha contato direto com o fisioterapeuta que realiza as sessões e acompanhe a necessidade de continuidade em ambiente domiciliar; sobretudo, se a criança em questão tiver menos de 2 anos de idade.

Nos casos em que a criança realiza fisioterapia em clínicas ou centros de reabilitação, a prioridade deve girar em torno do cumprimento dos objetivos terapêuticos; e sempre ouvir as sugestões do profissional que a acompanha. Por exemplo, a família pode ter estabelecido como o objetivo principal caminhar; entretanto, para que a criança realize essa tarefa, ela precisa de alguns componentes de movimento que em um trabalho conjunto resultarão no andar independente. Alguns componentes para esse exemplo: controle de tronco, força nas pernas para sustentação do peso do corpo, apoio dos pés no chão, equilíbrio, organização motora do corpinho em posição de pé, boas reações de proteção para que ela use as mãos em caso de instabilidades ou quedas e função visual satisfatória.

Seguindo nesse exemplo onde o objetivo terapêutico estabelecido pela família é caminhar, esse caminhar precisa ser seguro ou essa criança estará sujeita à situações de risco físico em todos os ambientes: doméstico, escolar, ócio; ela aprende a caminhar, mas ela precisa manter o treino por período para alcançar e/ ou fortalecer os componentes do movimento que precisam ser ajustados.

É essencial que a família observe a condição de base. Existem diagnósticos e transtornos de neurodesenvolvimento na infância que geram alterações de tônus muscular, força e provocam atrasos de desenvolvimento consideráveis. Particularmente esses casos, é impossível estabelecer uma data para alta; mas é completamente possível acompanhar a evolução através de feedbacks com o terapeuta. Acompanhar de perto se as sessões realizadas são suficientes para a demanda motora que a criança requer, qual o nível de atraso, quando é possível pensar em reduzir a quantidade de sessões. Todas essas perguntas podem ser facilmente sanadas. Os principais transtornos e diagnósticos que requerem mais tempo de terapia geralmente são: paralisia cerebral (PC), transtorno do espectro autista (TEA), síndrome de Down, mielomeningocele, transtorno do desenvolvimento da coordenação (TDC), transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), e algumas mais.

Casos que envolvem crianças com atraso de desenvolvimento, mesmo sem existir diagnóstico médico, sugiro avaliação e acompanhamento do desenvolvimento com fisioterapeuta o mais breve possível. Tratando-se de desenvolvimento infantil, em hipótese alguma recomendo esperar; a intervenção precoce é um acompanhamento para o perfil de crianças que apresentam risco ao desenvolvimento global ou sinais precoces de alteração; e é possível iniciar com essa intervenção desde recém-nascido, a partir de 3 dias de vida.

Dra. Taciane Melo
Fisioterapeuta neuropediátrica, especializada em desenvolvimento de bebês,
Instrutora de Shantala,
Mestre em Saúde Pública pela Fiocruz, Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Neurofuncional (ABRAFIN), Membro da La cause Des Bébés, associação francesa transdisciplinar de estudos e pesquisas sobre bebês, unidade Brasil.
Mentora de desenvolvimento infantil, atendimentos
online e presencial.
Siga-me nas redes sociais.
@fisiotaciane_melo
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