Os recém nascidos possuem instintos logo que nascem que os tornam capazes de responder às suas necessidades mais básicas, mas também de aprenderem rapidamente as técnicas e informações que precisam para se desenvolverem.
O que são os reflexos e para que servem?
Os reflexos são respostas involuntárias e imediatas de estruturas como os músculos ou as glândulas, a um estímulo de um determinado receptor. Os recém-nascidos já possuem vários reflexos que lhes orientam os primeiros movimentos.
Embora muitas pessoas pensem que os bebês, nos seus primeiros dias de vida, não têm muitos movimentos, e se limitam a comer, dormir e chorar, essa ideia é errada, na medida em que eles dispõem de um vasto conjunto de movimentos, a maior parte dos quais reflexivos.
A origem e utilidade desses reflexos, que são inatos, foi longamente discutida e, embora alguns sejam claramente associados a instintos de sobrevivência, outros têm talvez objetivos de exploração ou aprendizagem.
O certo é que os reflexos são uma forma do bebê se movimentar e de contactar com o novo mundo que o rodeia obtendo dele a proteção, o alimento e as informações de que necessita para um crescimento saudável.
Alguns dos reflexos que são observados ao nascimento vão desaparecendo com a evolução do bebê e da criança, que encontra outras formas de preencher as suas necessidades mais básicas.
Tipo de reflexos
Existem 6 tipos de reflexos num recém-nascido:
O reflexo de alimentação – os bebês sentem a necessidade de se alimentarem e por isso tendem a mover a boca no sentido da fonte de alimentação, ficando de boca aberta e pronto a mamar; este reflexo geralmente dura apenas alguns meses até que o bebê aprende de onde vem a comida que ingere e já sabe antecipar a sua hora.
O reflexo de sucção – quando um objeto é colocado na boca do bebê, este tende imediatamente a chupar nele. Isto acontece mesmo que não tenha fome pois é um reflexo que poderá durar também alguns meses até que o bebê consiga associar a mamada à satisfação da fome.
O reflexo de preensão – os bebês tendem a agarrar tudo aquilo que lhes é colocado próximo da mão ou na sola do pé. A firmeza com que o bebê pode agarrar o dedo da mãe poderá ser de tal ordem que possa suportar o peso do seu corpo. Este reflexo também tende a desaparecer ao longo do primeiro ano de vida.
O reflexo lateral – se a cabeça do bebê for virada para um lado, o corpo do bebê desse lado, principalmente o braço e a perna, têm a tendência para se endireitar enquanto a outra metade do corpo se encurva. O objetivo deste reflexo é pouco óbvio, sendo algumas vezes atribuído aos movimentos voluntários associados à virar de lado que o bebê poderá executar mais tarde, tendendo a desaparecer no sexto mês de vida.
O reflexo da marcha – ao colocar um bebê de pé em cima de uma mesa ou no chão, logo a partir do quarto dia, ele tem tendência para se tentar firmar nas pernas e dar alguns passos. Este reflexo desaparece depois de alguns meses e só volta no final do primeiro ano quando o bebê começa a tentar dar os primeiros passos.
O reflexo de susto – este reflexo surge quando o bebê se assusta ou quando pensa que vai cair ou for largado e surge muitas vezes quando os pais colocam o bebê no berço muito depressa. O recém nascido tem tendência para levantar os braços e pernas, arqueando as costas e voltando a enrolar-se novamente, com os dedos esticados como que procurando agarrar-se e geralmente emitindo um pequeno grito; este reflexo também tende a desaparecer no terceiro mês de vida.
Teste dos reflexos do bebê
Dada a importância dos reflexos para o desenvolvimento das crianças, este é um dos primeiros aspectos que os médicos testam após o nascimento de um bebê.
O reflexo de Susto é testado para verificar se o bebê reage adequadamente a uma situação em que é assustado. Um teste positivo é um bom indicador da saúde do bebê e das suas respostas futuras ao seu crescimento e desenvolvimento.
Outros reflexos são verificados durante o exame médico a que o bebê é submetido nas primeiras horas de vida, mas a maior parte dos reflexos observados servem apenas para a primeira fase da vida, tendendo a desaparecer muito rapidamente e a serem substituídos por movimentos voluntários do mesmo gênero.