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Transtorno do Espectro Autista: 1 em cada 36 crianças é diagnosticada com autismo

Tempo de Leitura: 5 minutos
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No Brasil, OMS estima mais de 2 milhões de pessoas com TEA

Uma criança a cada 36 é diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), é o que revela o Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC) dos Estados Unidos. Já no Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), assim como a Organização Mundial de Saúde (OMS), apontam mais de 2 milhões de pessoas com autismo. O país também conta com um estudo inédito realizado pela Universidade de Passo Fundo (UPF), em parceria com a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), que apresenta um levantamento significativo: 1 em cada 30 crianças nas faixas etárias entre 2, 5 e 12 anos de Coxilha (RS) apresenta autismo.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurodesenvolvimental que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. Os primeiros sinais de autismo podem aparecer ainda nos primeiros anos de vida, geralmente antes dos três anos de idade. Em muitos casos, os pais notam comportamentos atípicos por volta dos 12 aos 18 meses. Entre os sinais mais comuns estão ausência de resposta ao próprio nome; dificuldade em estabelecer contato visual; atrasos na fala e na comunicação; repetição de movimentos (como balançar as mãos ou o corpo); resistência às mudanças na rotina e até mesmo interesse intenso por objetos ou temas específicos.

A identificação precoce desses sinais é crucial para a intervenção e o suporte adequado ao desenvolvimento infantil. Hoje vamos destacar o papel da atividade física no desenvolvimento de crianças com TEA.

De acordo com o profissional de Educação Física, Rodrigo Brivio, que desempenha um trabalho voltado para a área do TEA com crianças há mais de 20 anos na Bodytech, é extremamente importante entender que antes do diagnóstico ou quadro investigativo, aquilo que alguns gostam de dizer, sinais de alerta, existe uma pessoa que assim como qualquer outra, vai se beneficiar da atividade física desde o período gestacional: a mãe, juntamente com o seu bebê.

“O exercício físico traz benefícios desde o período gestacional até o nascimento, para qualquer pessoa, independentemente de ter diagnóstico do TEA ou não. E após a gestação, essa criança será impactada positivamente através da psicomotricidade, o que é muito comum vermos nas aulas de natação”, exemplifica.

O profissional responsável pelo núcleo de autismo da Bodytech explica que toda pessoa, independente do espectro autista ou não, possui suas preferências, que podem ser potencializadas na atividade física:

“Às vezes uma luminosidade mais intensa durante as atividades pode incomodar, assim como o barulho e então precisamos fazer adaptações comunicativas, que é um quadro muito mais difundido, de CA, além de outros modelos de comunicações alternativas. Agora, pensando na pessoa, precisamos não de uma forma negligente, mas sim identificar as suas preferências, pelo nível de suporte e entender que um vai gostar mais da natação, aquele de ginástica e a partir dessa satisfação com a atividade, teremos um nível de atenção mais elevado, com liberação de mais endorfina e um aproveitamento melhor”, afirma.

“É importante destacar que hoje, quando falamos de inclusão, as famílias encontram dificuldades de socialização e adaptativas, como mencionei sobre questões sensoriais, faixas etárias mais elevadas possuem um grau de dificuldade maior, e o exercício físico entra exatamente nesses pontos. O exercício físico é crucial desde o período gestacional até o último dia de vida dessa pessoa, desde que bem orientado por um profissional capacitado, habilitado, que entenda as formas que ele entregará os benefícios fisiológicos para esse indivíduo”, diz Rodrigo Brivio.

Com relação aos resultados, o profissional destaca:

“A prática da atividade física auxilia na liberação de hormônios relacionados ao prazer, endorfina, serotonina, dopamina, diminuição dos níveis de cortisol, que está relacionado ao humor. Podemos falar ainda do aumento de repertório de movimentos, porque a prática regular do exercício refina o corpo, que é a nossa máquina, facilitando situações do nosso cotidiano, além de ser uma excelente ferramenta no processo de socialização. É visto que quando você aumenta o repertório de movimentos, consegue chutar uma bola com mais destreza, resultando na capacidade de maior interação no futebol, assim quando você consegue segurar e arremessar para jogar basquetebol, correr e brincar melhor, por exemplo; uma brincadeira de pique-pega e desta forma podemos fazer observações com o TEA, em relação ao exercício físico e esses benefícios a médio e longo prazo”, explica.

Dra. Danielle Negri
Médica pediatra e neonatologista, com mais de 17 anos de experiência. É CEO de um complexo pediátrico no Leblon. Formada pela UFF, possui mestrado pelo conceituado Instituto Fernandes Figueira. Responsável pela UTI neonatal da Perinatal. Anualmente, viaja para os EUA para apresentar suas pesquisas e se atualizar nos congressos mais importantes da área pela Academia Americana de Pediatria e pela Sociedade de Neonatologia.
@dradaniellenegri
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