A doença costuma afetar aproximadamente 15% das gestantes, normalmente mulheres que já apresentam probabilidade maior para desenvolver varizes. Por isso, segundo o angiologista Dr. Ary Elwing (CRM-22.946), especialista em cirurgia vascular periférica e tratamento a laser, o ideal é que a mulher que deseja engravidar e apresenta varizes ou tem tendência já inicie seu tratamento antes da gestação. “Se a mulher quer engravidar e apresenta sintomas que podem indicar varizes pélvicas é importante realizar um tratamento antes da gravidez. Isso vai evitar que, durante a gestação, as veias se dilatem”, aconselha.
As varizes pélvicas são semelhantes às varizes nas pernas, mas ocorrem na região pélvica-útero e ovários, e tem sintomas bem característicos. Elas aparecem principalmente devido às alterações ocorridas durante a gestação. Essas alterações incluem volume de sangue que passa pelo útero, que fica muito aumentado nesse período, e as alterações hormonais que ajudam a dilatação do útero e das veias, o que contribui para o aparecimento das varizes. “Esse tipo de varizes costuma aparecer em mulheres maduras e que já tiveram muitos filhos. Mas excesso de peso, sedentarismo e distúrbios hormonais também são fatores que influenciam no desenvolvimento da doença”, diz Elwing.
Diagnóstico e tratamento
Muitas vezes as gestantes descobrem a doença acidentalmente, durante uma ultrassonografia. Mas quando os sintomas são mais evidentes, o diagnóstico pode ser feito por um ultrassom transvaginal, chamado Ecocolor Doppler Vascular Endovaginal, exame similar a uma ultrassonografia das veias e das artérias.
Os tratamentos para as varizes pélvicas podem ser clínico, que é o mesmo tratamento realizado para as varizes das pernas associado ao uso de medicação flebotônica, e embolização ou escleroterapia endovascular, feita nos casos mais graves da doença, tratados por métodos cirúrgicos que visam à remoção de todo o bloco varicoso. “O médico também pode indicar atividade física regular ou o ajuste das dosagens hormonais. O tratamento deve ser individualizado, afinal existem muitas formas para aliviar o problema. Não há cura, mas é possível controlar os sintomas, fazendo com que as mulheres tenham uma vida normal, livre das dores e da permanente sensação de peso e inchaço na região da pélvis”, ressalta o angiologista.
Fonte – Dr. Ary Elwing (CRM-22.946), especialista em cirurgia vascular periférica e tratamento a laser.