Voar não precisa ser uma experiência ruim.
Longos voos são desconfortáveis para qualquer pessoa, mas são ainda mais desgastantes para mulheres grávidas. A sua viagem pode ser mais agradável se você seguir algumas dicas.
Para ganhar conforto a bordo
Ao reservar seu assento, busque os do meio da aeronave, perto da asa. Neste local há maior estabilidade. Você também pode reservar seu assento nas fileiras em que há maior espaço para as pernas (estes assentos são, geralmente, os primeiros da classe econômica e ficam perto das saídas de emergência). Mas como regra geral, escolha um lugar no corredor, isso facilita as suas frequentes idas ao banheiro, além de permitir que você se levante para caminhar sem incomodar o passageiro ao seu lado.
Andar e se exercitar faz bem em voos tranquilos.
Quando não há turbulência, procure estimular a circulação sanguínea andando nos corredores. Você pode fazer isso a cada 60 minutos. Andar é um poderoso recurso para evitar inchaços nos pés e tornozelos, e cãibras nas pernas, provocadas pelo longo tempo sentada. Alguns exercícios simples também ajudam, como esticar a perna, puxar o calcanhar para fora e suavemente e flexionar os pés para trabalhar os músculos da panturrilha. Ou fazer movimentos circulares com os tornozelos ao mesmo tempo em que movimenta os dedos dos pés. Talvez você não saiba, mas longos voos podem elevar um pouco o risco de uma trombose (coágulo sanguíneo) e de formação de varizes. Para garantir, use meias elásticas com alguma compressão.
Não esqueça de manter o cinto de segurança sempre afivelado embaixo da barriga, e beba muita água para minimizar os efeitos desidratantes do ar seco do avião.
Evite café, chá e refrigerantes antes e durante o vôo. Seus efeitos diuréticos podem incomodar. E cuidado com alimentos ou bebidas que produzam gases, eles se expandem em altitude e acabam provocando incômodo.
Ao se vestir, prefira roupas confortáveis e fáceis de tirar para não se arrepender do figurino na hora de ir ao banheiro.
Viagens no primeiro e segundo trimestres de gravidez são seguras.
Se você tem complicações como sangramento de escape (spotting), diabete, pressão alta ou tenha tido parto prematuro, melhor conversar com seu obstetra antes de embarcar. Mas se nada disso for o seu caso, pode viajar tranquilamente.
Existe risco de voar no último trimestre da gestação?
Geralmente não existe problema em voar até a 36a semana, desde que haja nenhuma complicação médica; sua gravidez não seja de mais de um bebê e você não tenha sofrido partos prematuros anteriores. O mais indicado é informar-se antes de comprar a passagem. Algumas companhias aéreas impõem restrições para mulheres grávidas de mais de 28 semanas devido ao risco de parto prematuro. Para garantir um embarque tranquilo, peça antes um atestado para seu médico. E lembre-se: no final da gravidez, voar só é permitido na companhia do seu médico.
Máquinas de raio-X não prejudicam o bebê.
Na verdade, as máquinas de segurança dos aeroportos são detectoras de metais
e produzem apenas um campo eletromagnético. Os únicos itens que passam pelo raio-X, com pequenos níveis de radiação, são suas malas.
Para mulheres saudáveis não há risco para o feto.
Grávidas sem histórico médico de alguma condição grave, não devem ter problemas em voos em cabines pressurizadas. Mas é preciso saber que a pressão do ar na cabine é menor do que em altitudes menores e seus batimentos cardíacos e pressão arterial vão subir para absorver o oxigênio que você precisa. Pessoas com anemia severa, doença falciforme e tendência à formação de coágulos de sangue ou insuficiência placentária podem ter mais dificuldades para adaptar-se a essa diferença e devem evitar uma viagem longa. Se o avião for menor e não for pressurizado, o melhor é evitar a viagem.
Tome os devidos cuidados e bom voo para você.