Afinal, o que as curvas do crescimento apresentam?
Elas representam os padrões de crescimento das crianças, sendo o instrumento mais utilizado pelos profissionais de saúde para avaliar as condições de saúde da população infantil.
De acordo com a Dra. Carolina Mantelli Borges, Endocrinologista da Clínica de Especialidades Integrada, a evolução da curva de crescimento é um bom indicador para avaliar a nutrição e saúde da criança. “Acompanhar as curvas de crescimento das crianças ajuda a prevenir diversas doenças, entre elas à deficiência na produção dos hormônios (GH) e a obesidade. Quanto mais cedo for diagnosticado um problema, maiores são as chances de tratar e garantir um resultado eficaz no futuro”, explica a médica.
Quando consultar um endocrinologista?
O crescimento é um processo bastante dinâmico que inicia na concepção e se estende até a vida adulta, ocorrendo em intensidades variáveis nas diferentes fases da vida de uma criança e de um adolescente. É durante esses estágios que os pais devem ficar atentos a qualquer mudança no desenvolvimento do seu filho.
Se o seu filho apresenta estatura baixa, indícios de diabete ou problemas entre a puberdade e adolescência. Ele deve ser diagnosticado pelo endocrinologista.
“A criança deve ser tratada por um endocrinologista quando os pais ou pediatra notar qualquer tipo anormalidade no seu desenvolvimento. Durante a consulta com o profissional serão realizadas mediações craniana, abdominal, pressão arterial, entre outros para investigar o problema e trata-lo da maneira mais rápida possível”, destaca a endocrinologista, Dra. Carolina Mantelli Borges.
Curva de crescimento X Obesidade
Atenção redobrada! Cerca de 15% das crianças e 8% dos adolescentes sofrem de problemas de obesidade, e oito em cada dez adolescentes continuam obesos na fase adulta. As crianças em geral ganham peso com facilidade devido a fatores tais como: hábitos alimentares inadequados, inclinação genética, estilo de vida sedentário, distúrbios psicológicos ou problemas na convivência familiar.
“Durante a fase de crescimento é importante que os pais tenham um pouco mais de atenção. Observe alimentação do seu filho, incentive a praticar atividades físicas ou brincadeiras de rua com os colegas. O contato com outras crianças ajudam a melhorar o emocional do seu filho”, comenta a médica Dra. Carolina Mantelli Borges.
A obesidade é determinada pelo Índice de Massa Corporal (IMC) que é calculado dividindo-se o peso (em kg) pelo quadrado da altura (em metros). O resultado revela se o peso está dentro da faixa ideal, abaixo ou acima do desejado. Sendo que cerca de 10 % da obesidade infantil é causada por distúrbios endócrino-metabólicos. É importante buscar ajuda de um profissional da saúde, assim que você notar o ganho excessivo de peso no seu filho.
Tratamentos
O tratamento para obesidade deve ser baseado na nutrição e no comportamento da criança e não em medicamentos.
“O uso de medicamentos para tratar crianças abaixo de 12 anos não é autorizado. O maior estímulo para envidar esforços no tratamento da obesidade infantil é a mudança do estilo de vida. A criança, sendo criada em um ambiente onde possua alimentação balanceada, não terá que mudar seus hábitos alimentares ao se tornar adulta. Esse será o estilo de vida dela” recomenda a endocrinologista Carolina Mantelli Borges.
Praticar atividade física pelo menos três vezes por semana e consumir alimentos saudáveis podem evitar e controlar a obesidade em crianças, que sofrem os mesmos riscos de um adulto acima do peso.
Conheça algumas dicas para prevenir a obesidade e ajudar o seu filho a manter uma vida saudável:
Alimentação Equilibrada
Ensine comer porções pequenas de biscoitos ou doces, ofereça somente três unidades para aprender que existe limite e não comer doses exageradas.
Doses diárias de Televisão
Fique atenta por quantas horas o seu filho passa o dia em frente a Tv. Ele pode se tornar uma criança sedentária. Evite que ele passe mais de duas horas por dia.
Atividades
Incentive brincadeiras ao ar livre, caminhar e andar de bicicleta, exercitar-se faz bem para a saúde.
Horário para refeições
Se você não mantém o hábito de comer na mesa ou em horários alternativos, crie uma rotina para as refeições, ensine a criança qual é a hora certa para tomar café da manhã, almoçar, lanche da tarde e de jantar.
Fonte – Endocrinologista Carolina Mantelli Borges, da Clínica de Especialidades Integrada