*Por Suely Buriasco
O filme de Arnaldo Jabor “A Suprema Felicidade” traz uma interessante reflexão ao mostrar o relacionamento vicioso entre os pais do personagem principal Paulo mostrando como se apaixonaram e ao longo dos anos passaram apenas a se suportar.
Quando se conheceram a esposa, interpretada pela atriz Marina Silva, era uma moça radiante, cujo dom do canto e da alegria seduziu o marido interpretado por Dan Stubach. No entanto, a vida do casal torna-se um suplício diante da persistência do marido em tirar dela aquilo que ele mais admirava: o seu brilho e alegria. O resultado é o sofrimento de toda família.
Esse comportamento, infelizmente, ainda é muito comum entre cônjuges que disputam entre si o poder seja material ou intelectual. Numa sociedade em transformação na qual muitas mulheres representam a maior fonte econômica da família, facilmente se observa maridos frustrados. Homens bem sucedidos e muito sociais assustam mulheres que deixam o ciúme transparecer em perseguições e brigas constantes. A sobrepujança intelectual de um dos membros do casal pode levar o outro a atitudes hostis nas quais, mesmo que inconscientemente, exista a tentativa de menosprezar ou rebaixar o outro.
O pior é que muitos aceitam essa situação e acabam acreditando que são mesmo incompetentes e incapazes. Nesse caso o social se isola, o intelectual se reprime e o bem sucedido abandona o êxito. Casamentos nos quais a disputa prevalece apresentam dois resultados: separação ou vida hostil para todo o sempre. É assim que o sentimento de disputa merece maior atenção, pois ele é apenas uma etapa de um conflito que, não administrado, pode gerar grande sofrimento.
O que é preciso que se entenda é que toda manifestação de ciúme é insegurança e quando gerador de disputa está vinculado à inveja. Como esse é um processo na maioria das vezes inconsciente a reflexão sobre a sua ocorrência em nossas vidas deve ter cuidado redobrado; afinal o fator de destruição se multiplica. É importante a analise das razões dessa insegurança e o que se pode fazer para combatê-la. Um bom começo é pensar sobre as próprias insatisfações, pois, uma pessoa satisfeita consigo mesma é uma pessoa segura de suas potencialidades e, portanto, não teme que ninguém a supere. Aliás, uma pessoa segura busca sempre melhorar em suas habilidades, desenvolver a excelência em tudo o que faz, pensa e promove. Dessa forma, cresce com o crescimento do outro, soma aptidões e obtém sucesso nos relacionamentos.
No filme citado o marido consegue abafar tudo o que admirava na esposa perdendo todo o fascínio por ela. Interessante que passa a pagar para assistir em outra mulher as aptidões que reteve na sua. Como resultado da energia destruidora da inveja acaba sendo mal sucedido profissionalmente, transformando-se num homem decepcionado com a vida. A esposa torna-se uma mulher frustrada, ciumenta e rabugenta. Ou seja, a maneira como conduziram aquela relação deu fim em qualquer expectativa feliz para os dois e, consequentemente, para o filho que passa a encarar a vida como algo que não vale à pena. Lamentável que essa situação não seja unicamente fruto da imaginação de um escritor.
Quando existe a conscientização de que embora vivam juntos, cada cônjuge é uma individualidade, o casal passa a se respeitar mutuamente. O efeito disso é surpreendente, pois, a partir do momento que cada um assume o que admira em si e no outro; criam elos de união profunda e somam forças para maior crescimento dos dois, seja materialmente ou intelectualmente. O casamento passa a ser então pródigo em todos os sentidos; a família se fortalece e a felicidade se amplia.
Por que disputar se é possível acrescentar, ampliar e adicionar?
*Suely Buriasco – www.suelyburiasco.com.br
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