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A transição do berço para a cama

Tempo de Leitura: 4 minutos
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Baby girl in a diaper playing in the crib. Very funny face expression.

A transição do berço para a cama, às vezes, tira o sono de alguns pais. E o que deveria ser algo natural passa a ser uma grande dificuldade, que acomete pais e filhos.

Saber qual é o momento certo para fazer a transição do berço para a cama, não é uma tarefa tão simples de ser realizada.

Observo que muitas famílias se atrapalham nessa fase, e isso me faz pensar que talvez não seja o momento exato para fazer essa transição, ou a criança está tentando comunicar algo e os pais devido à ansiedade, angústia ou até mesmo atribulações do dia a dia, não conseguem perceber.

É importante que os pais se mantenham tranquilos para perceber se a crianças está preparada para dormir na cama. Muitas vezes, a criança não está madura ainda para sair do berço e os pais, devido à suas necessidades ou até mesmo influenciados pelo excesso de informações, antecipam o processo, que podem resultar em comportamentos das crianças que nem sempre são muito claros.

Mas também pode acontecer o contrário: a criança se mostra pronta para dormir na cama e os pais, por medo de ela não estar preparada, não conseguem perceber ou aceitar isso.

A criança dá sinais e comunica estar preparada, no entanto nem sempre é fácil realizar essa leitura. E isso não acontece somente em relação a transição da cama para o berço, podemos perceber facilmente tais comunicações em outras situações como por exemplo, no desmame, na retirada das fraldas, na retirada da chupeta ou objetos de apoio, entre outras tantas situações.

Algumas crianças também apresentam dificuldade para dormir, ou vários despertares noturnos, podendo até resultar em insônia. A transição para a cama, pode ajudar na melhora desses sintomas, entretanto o que não se deve fazer é colocar a criança na cama dos pais, pois pode gerar em uma alteração de comportamento difícil de ser revertida.

Outro erro que se pode cometer nesse momento é comparar uma criança com outra. Vale ressaltar que cada criança é uma e apesar da idade, tem seu tempo próprio de amadurecimento, além das suas características de personalidade. E o que é para um, não necessariamente será para outro. A criança precisa estar segura e são os pais quem devem lhe passar tal segurança, e para isso precisam ser firmes e vale ressaltar que firmeza não é força. Em algumas situações convém esperar um pouco e aguardar o tempo certo para isso. Mas tal observação nem sempre é simples de ser feita, pois a criança não vive um fato isoladamente. E pode ser de grande valia, procurar uma orientação, e isso não quer dizer que a criança esteja com algum problema ou que os pais são incompetentes para lidar com isso. Muitas vezes é confuso mesmo e um profissional, sendo uma pessoa neutra, pode colaborar bastante para a elucidação dos fatos, bem como orientar em relação ao manejo da situação.

A participação da criança nessa transição é fundamental para que ela se sinta bem, por isso chamamos de transição, pois é algo que deve ser feito gradativamente e com cautela. Quanto mais os pais se mantiverem tranquilos e serenos, mais facilmente conseguirão perceber o que acontece no ambiente e em relação aos seus filhos. E não precisam se sentirem culpados por não conseguirem fazer isso sozinhos e se cobrarem serem super-heróis.

Cynthia Boscovich
Psicóloga clínica e perinatal.
Psicóloga do sono e especialista em transtornos de humor. Colaboradora do GRUDA (Programa de Transtornos afetivos do IPQ/ HC/FMUSP).
Email: cyboscovich@gmail.com
Tel: 55 11 99687-9087
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