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Acne na adolescência

Tempo de Leitura: 4 minutos
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Young girl squeezes pimple on the fer face in front of a bathroom mirror. Beauty skincare and wellness morning concept.

A acne é uma doença inflamatória, da glândula sebácea, que é muito comum. É ainda mais comum na adolescência e merece uma atenção especial, pois além de causar desafios quanto ao tratamento, pode afetar a autoestima e causar sequelas crônicas na pele.

Podemos observar lesões acneicas, as famosas espinhas, em diversas faixas etárias, temos as lesões de acne neonatal, que ocorre nos primeiros dias de vida; acne infantil, podem persistir do período neonatal ou aparecer entre o 3º e 6º mês até os 4 anos; acne na adolescência, entre os 10 e 19 anos; e também, é claro, na idade adulta.

A adolescência é um período que engloba a puberdade. Nessa fase temos as alterações hormonais, responsáveis, pelo processo de desenvolvimento e crescimento, podem explicar sinais e sintomas fisiológicos, e também as alterações na pele e nos pelos. Oito em cada dez adolescentes vão apresentar acne, mas apenas um em cada doze recorre ao dermatologista para tratamento.

Nessa fase as lesões inflamatórias ou supurativas têm um impacto ainda maior em relação a estética, sobretudo quando localizadas na face. As consequências da acne na adolescência podem ser: baixa autoestima, sofrimento, depressão, isolamento social pela autoimagem ameaçada.

Os meninos têm uma tendência a apresentarem uma maior gravidade desse problema, isso principalmente em função dos hormônios, que nesta fase estão fervilhando. As meninas também podem ter acne, e nesse caso costuma ter maior persistência. Nelas quando ligado a fatores hormonais, pode acompanhar alterações na menstruação.

Outros fatores podem ter uma influência nesse processo, como os hábitos alimentares e estilo de vida. Hábitos como consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, alimentos ricos em amido e estresse, afetam diretamente no grau de severidade da acne. O tabagismo adicionalmente pode estar associado tanto ao aparecimento, como a gravidade da doença.

Além desses, podem também causar ou piorar: o estresse emocional; a fricção ou o hábito de “espremer espinhas”; falta de higiene ou limpeza; exposição a certos químicos industriais; produtos comedogênicos (que “entopem” o poro); e até alguns medicamentos como corticóides, hormônios ou vitaminas.

A acne inicia normalmente com oclusão do folículo, que é de onde surge o pelo e onde está a glândula sebácea, mas também temos a alteração desse sebo, aumento da produção dele e até bactérias envolvidas na patogênese dessa doença.

O tratamento da acne depende do grau de acometimento, da presença de inflamação e dos locais afetados. É primordial que o paciente colabore com o tratamento, pois este costuma ser prolongado e depende do uso regular de medicamentos.

Ele pode ser tópico ou sistêmico, podendo ser necessário uso da isotretinoina oral, que é ótima quando bem indicada e bem acompanhada. Muitos pais têm medo dessa medicação, mas ela é bastante segura e com resultados excelentes, mas requer um acompanhamento de perto e uma ótima relação médico-paciente, além de comprometimento e responsabilidade.

A educação do paciente é muito importante, o médico é aliado contra a doença e tem que explicar algumas questões como:

• Trata-se de doença crônica que cursa com remissões e exacerbações;

• O tratamento inclui limpeza diária da pele e uso das medicações tópicas;

• Manutenção do tratamento, mesmo após a pele estar sem lesões;

• Os medicamentos são utilizados na área afetada de forma preventiva.

• O resultado com melhora é individual, mas é notado a partir das primeiras semanas ao terceiro mês de tratamento;

• O excesso de cremes, óleos, pós, base e hidratantes pode atuar como agentes comedogênicos, podem agravar ou piorar a acne cosmética, assim como a limpeza obsessiva;

• As áreas afetadas devem ser lavadas com água à temperatura ambiente (evitar água quente) com suavidade, e secas com pequenos toques utilizando uma toalha;

• Não se deve coçar ou espremer as lesões, com unhas e sem higiene, pois isso aumenta a inflamação e a probabilidade de formação de cicatrizes;

• Lesões pressionadas na face podem ter complicações graves;

• O uso de protetor solar oil free, toque seco ou gel, diminui a formação de manchas escuras residuais da acne na face;

• A exposição ao sol, apesar de secar as lesões, pode causar acne posteriormente;

• Não existe dieta com restrições de alimentos para a acne, mas se o paciente notar piora com alguns alimentos, deve evitá-los.

Esse tema é bastante extenso, mas espero ter tirado as principais dúvidas. Qualquer questão adicional estou à disposição.

Dra. Carla Spido Marchioro
Médica apaixonada por pele, mas acima de tudo por pessoas! Aliando saúde, bem-estar e estética, na busca da sua melhor versão.
Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)
Pós-graduada pela IPCG e Especializada em Cosmiatria
@dracarlamarchioro
carlasmarchioro@gmail.com
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