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Alergia e intolerância alimentar não é a mesma coisa!

Tempo de Leitura: 4 minutos
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Pregnant woman at home feels sick. Different health problems during pregnancy.

Entender a diferença entre alergia alimentar e intolerância alimentar é muito importante, especialmente para mães e gestantes que estão cuidando da própria alimentação e da saúde dos filhos. Ambas são reações adversas a alimentos, mas têm causas diferentes, sintomas distintos e formas específicas de tratamento.

O que é alergia alimentar?

A alergia alimentar acontece quando o sistema imunológico — que é a defesa natural do nosso corpo — reage de forma exagerada a uma substância do alimento, geralmente uma proteína, como se fosse uma ameaça. Ou seja, o corpo reconhece algo que não é perigoso como um invasor, e reage com sintomas que podem ser leves ou até graves.

Exemplo simples: imagine o sistema imunológico como um alarme que dispara sem motivo, apenas porque alguém tocou a campainha. É uma resposta imediata e contundente.

O que é intolerância alimentar?

Já a intolerância alimentar acontece por outros motivos, como a falta de enzimas digestivas, sensibilidade a substâncias químicas naturais dos alimentos ou problemas na digestão e absorção. Não envolve o sistema imunológico, ou seja, o corpo não vê o alimento como inimigo — ele só tem dificuldade em processá-lo corretamente.

Exemplo simples: é como colocar um combustível diferente no carro — ele até anda, mas com dificuldade.

Principais diferenças

CaracterísticaAlergia AlimentarIntolerância Alimentar
CausaReação do sistema imunológicoDificuldade na digestão ou absorção
Tempo de reaçãoRápido (minutos até 2 horas)Lento (pode levar horas)
GravidadePode ser grave ou até fatalGeralmente é desconfortável, mas não grave
Sintomas comunsUrticária, inchaço, chiado, vômito, anafilaxiaGases, dor de barriga, diarreia

Sinais e sintomas

Alergia alimentar:

  • Coceira na pele e olhos
  • Inchaço nos lábios, olhos ou rosto
  • Dificuldade para respirar ou chiado no peito
  • Vômito ou diarreia
  • Em casos graves, anafilaxia (uma reação rápida e perigosa que pode causar desmaio e risco de vida)

Intolerância alimentar:

  • Inchaço abdominal
  • Gases e cólicas
  • Diarreia ou constipação
  • Náusea
  • Fadiga e desconforto após comer certos alimentos

Alergias e intolerâncias mais comuns

Em bebês e crianças:

  • Leite de vaca (principal alergia na infância). Causada pela proteína do leite.
  • Ovos
  • Soja
  • Amendoim e castanhas
  • Frutos do mar
  • Glúten (no caso da doença celíaca, que é uma condição autoimune)

Intolerâncias comuns:

  • Lactose (é o carboidrato do leite): falta da enzima lactase para digerir o açúcar do leite
  • Frutose: dificuldade em absorver o açúcar das frutas
  • Glúten (não celíaca): sensibilidade, sem causar danos no intestino como na doença celíaca

Tratamento

Alergia alimentar:

  • Eliminar completamente o alimento da dieta
  • Ter sempre antialérgicos ou adrenalina em casos graves (quando receitado)
  • Consultar um alergologista e um nutricionista para orientar a alimentação
  • Atenção à rotulagem de produtos e ao risco de contaminação cruzada

Intolerância alimentar:

  • Reduzir ou evitar o alimento problemático
  • Em alguns casos, usar enzimas (como a lactase)
  • Ajustar a dieta com acompanhamento de nutricionista
  • Monitorar os sintomas para encontrar limites de tolerância

Prevenção

  • Na gravidez e amamentação, manter uma alimentação equilibrada e variada.
  • Introdução alimentar após os 6 meses deve seguir orientação do pediatra, sem excluir alimentos sem motivo clínico.
  • Estudos mostram que a introdução de alimentos potencialmente alergênicos (como ovo e amendoim) de forma segura e gradual pode até ajudar a prevenir alergias.
  • Para intolerâncias, o importante é observar os sintomas da criança e buscar ajuda profissional para avaliação.

Cuidados na gestação

Durante a gravidez, manter uma dieta variada e rica em nutrientes é essencial. Não há necessidade de evitar alimentos por medo de alergia do bebê, a não ser que a mãe tenha alguma alergia específica. O uso de probióticos, alimentos ricos em fibras e o acompanhamento pré-natal com nutricionista pode ajudar a fortalecer o intestino e o sistema imunológico da mãe e do bebê.

Dr. André Veinert
Formado pela Faculdade de Medicina da UNAERP – Universidade de Ribeirão Preto. Especialista em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN (RQE 69663) e Área de Atuação em Nutrição Parenteral e Enteral pela BRASPEN. Preceptor da Residência de Nutrologia do Hospital IGESP – São Paulo. Capacitação em obesidade e Lifestyle medicine pela Havard Medical School.
andre.veinert@healthme.com.br
@andrenutrologo
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