Passado o parto, surge o puerpério e a amamentação, com muitas novidades e também vários medos na cabeça da mulher. Um deles é: e se eu engravidar novamente?
Geralmente, a maioria das mulheres fica sem menstruar por alguns meses devido ao aleitamento materno exclusivo, mas saiba que isso não é garantia de não engravidar. Por isso, a melhor forma de se manter segura em relação à gestação não planejada, sobretudo nesse período, é utilizando um método confiável.
Durante os primeiros seis meses de vida do bebê, caso ele esteja em aleitamento materno exclusivo, a mãe deve utilizar métodos não hormonais como o DIU e o preservativo, ou ainda métodos hormonais apenas à base de progesterona.
O uso de derivados dos estrogênios é contraindicado nesse momento, pois pode atrapalhar a produção de leite, seja na quantidade, ou mesmo na qualidade.
Nesse cenário de adoção de progestágenos, é importante dizer que hoje temos as seguintes opções: comprimidos, injetáveis, implantes e dispositivos intrauterinos medicados.
A escolha deve levar em consideração o perfil de cada paciente, e os prós e contras de cada opção, como por exemplo a necessidade de tomar comprimidos todos os dias, o valor do tratamento, ou ainda o desejo de uma nova gestação mais à frente.
Resumidamente, sobre cada um dos métodos, podemos dizer o seguinte:
– O método injetável trimestral implica retorno mais lento à fertilidade da mulher.
– Já os implantes e DIUs medicados são mais caros, porém duram mais tempo. 3 e 5 anos respectivamente.
– O mais conhecido sem dúvida ainda é o comprimido. Deve ser tomado diariamente, sempre no mesmo horário e preferencialmente à noite, de modo a diminuir os efeitos gastrointestinais indesejáveis.
Todos os métodos são seguros, desde que o tratamento seja seguido da forma prescrita.
Agora que você já conhece as opções, não deixe de conversar com sua ginecologista e escolher o que melhor se adapta às suas necessidades e ao seu estilo de vida.
Ginecologista e Obstetra, membro da Febrasgo
Especialista em Endoscopia Ginecológica
@dralarissaatala
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