Nem os bebês mais pequeninos estão livres da má alimentação e suas consequências. É isso mesmo! Uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) concluiu que a maioria das mamães e famílias não sabe alimentar adequadamente os bebês.
Começando pelo Aleitamento Materno Exclusivo, que deve ser realizado até os seis meses de vida para que a criança receba todos os nutrientes e anticorpos necessários. Não é o que acontece. A idade média de introdução de outro tipo de alimento é três meses. Temos que lembrar que cada mamãe produz o leite mais adequado para o seu filho e o ferro é um dos nutrientes em que se verifica muita carência nas crianças, sendo encontrado em grande quantidade no leite materno.
Deixando de oferecer o leite materno, as mamães introduzem, na sua maioria, leite de vaca ou fórmulas artificiais. Aqui entram alguns problemas. O leite de vaca não é recomendado para crianças menores de 12 meses pelo alto risco de alergia e por não proporcionar os nutrientes essenciais que o bebê precisa. E não esquecendo que junto com o leite de vaca há o acréscimo de achocolatados, açúcar e cereais que também podem gerar alergias, falta de nutrientes e sobrepeso, se não, a obesidade, apesar de tão pequenos.
Mesmo adequadas para a faixa etária, as fórmulas artificiais podem ser um risco ao bebê. Isso porque apenas 23% das mamães, em média, fazem a diluição correta, preparando-as de forma inadequada. Ou seja: erra na mão. Assim há o risco de diarréia, desidratação e falta de nutrientes.
O pior está nas famílias que não dão importância à alimentação dos adultos e ignoram os prejuízos que certos alimentos podem oferecer aos bebês. Muitos pais oferecem doces, bolachas recheadas e refrigerantes desde alguns meses.
Cuidado com a papinha – O exagero no uso de papinhas industrializadas também é ruim. As papinhas são recomendadas para aqueles dias mais complicados, como viagens e passeios.
Esses alimentos apresentam sal, gorduras e açúcares em excesso. Comendo isso, a criança deixa de comer ou come em pouca quantidade as frutas e verduras ideais para o pleno desenvolvimento físico e intelectual dos bebês.
A desculpa para tudo isso é a vida corrida, de não ter tempo de preparar a papinha em casa ou até de não gostar de cozinhar. Será que a saúde do seu filho pode terminar por esse motivo, falta de tempo? A consequência de uma má alimentação desde cedo pode interferir pela vida toda desse serzinho que acabou de conhecer o mundo e depende de outra pessoa para sobreviver.
Obesidade, gordura no organismo, diabetes, pressão alta, colesterol alto e anemia que antes eram doenças de adulto aparecem hoje cada vez mais cedo e não são doenças fáceis de tratar, ainda mais que essas crianças têm maus hábitos alimentares desde que nasceram e fica mais complicado de mudar. E não é só fisicamente o prejuízo. Falta de nutrientes levam a déficit intelectual, dificultando o aprendizado.
Pense muito antes de dizer que não tem tempo. Tentar reverter essa mudança de hábito depois que as doenças estão instaladas é muito mais difícil. Hábito alimentar saudável se faz desde o nascimento.