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Como lidar com as birras e dar limites às crianças?

Tempo de Leitura: 5 minutos
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Angry child and tantrum discipline conflict for attitude problem in home with stressed mother. Young girl frustrated, unhappy and moody at disappointed adult punishment for negative behaviour

A criança não economiza quando se trata de defender os seus interesses. Elas gritam e esperneiam provocando, no outro, raiva e frustração. E é neste momento que os pais, por sua vez, também se desorganizam, passam a fazer ameaças, e, a depender do tamanho da criança, dão pequenos ou grandes tapas, chegando, até mesmo, a colocá-las de castigo, o que, certamente, só resolverá o problema momentaneamente.

Claro está que, quando os pais perdem a linha é porque eles já perderam, também, os argumentos e a paciência diante da criança e, enfraquecidos, só lhes resta fazer uso da força que a autoridade de pais lhes confere.

Chocadas com a reação dos pais as crianças, assustadas, podem ou não se calar e recuar, mas, certamente, se apequenam e isso não é bom!

Uma atitude muito frequente e fácil de observar nos dias de hoje é a frequência com que os pais têm lançado mão de brinquedos eletrônicos como os IPADS ou tablets, com o intuito de fazer com que as crianças fiquem quietas e sob controle, evitando os tais comportamentos de insubordinação, que tanto desagradam aos pais.

No entanto, não podemos nos esquecer de que opções como essas mantém as crianças quietas somente porque elas ficam totalmente alienadas, alheias, e indiferentes a tudo o que acontece à sua volta.

Por essa razão, os pais não podem fazer uso indiscriminado de tais dispositivos eletrônicos ou, ainda, se apoiarem em ameaças e punições para fazer com que seus filhos se adequem ao ambiente e às situações conflitantes.

E por quê? Porque até para conter uma criança e dar-lhe limites é importante que os pais invistam, nela, tempo e carinho. É importante que os pais se comprometam com ela. Nada acontece por acaso!

Mas tempo é tudo que os pais da pós-modernidade não têm. Então, como fazer para colocar limites em uma criança esperta, inteligente e vigorosa sem, necessariamente, ter que usar a força, a punição ou o apelo de tais dispositivos?

É preciso, antes de tudo, mostrar, nas situações rotineiras do dia a dia, que apesar de ouvir os argumentos das crianças a decisão final, na sua grande maioria, é dos pais. E por quê? Simplesmente porque os pais são mais velhos, são responsáveis pelos filhos e pelo que possa acontecer a eles.

Além disso, são mais fortes e não devem temer o choro e os ataques de fúrias deles.

Ao impor uma decisão os pais devem procurar explicar e esclarecer para os pequenos por que estão optando por aquela decisão. Só assim as crianças vão aprender a argumentar, a contra argumentar e a desenvolver um raciocínio crítico acerca dos fatos que os cercam.

Por outro lado, é preciso deixar claro para os filhos que eles são muito amados, mas, que eles, pais, não amam o que eles, naquele momento, estão fazendo. Simplesmente porque são comportamentos ou atitudes que não estão certos.

Como administrar os conflitos que surgem ao tentar se impor os limites a uma criança?

Antes de qualquer coisa, os pais têm que saber que, educar exige tempo e envolvimento com as muitas questões que a criança traz consigo.

Devem evitar os embates gratuitos, levando-as a locais onde terão a companhia de crianças de mesma faixa etária o que lhes permitirá extravasar toda a energia e a curiosidade que elas têm.

Locais assim permitem às crianças ser crianças e os adultos presentes, certamente, entenderão, perfeitamente e sem julgar, qualquer descontrole advindo de uma das crianças presentes.

Devem evitar interferir nas brincadeiras que acontecem entre crianças de mesma idade deixando que elas mesmas resolvam os conflitos que, afinal, foram criados por elas e, tudo bem, se uma criança que for mais forte do que a outra fizer valer o seu desejo seja na disputa ou no grito…

Afinal, uma criança não tem que ser boazinha sempre… Mais pra frente ela, certamente, encontrará alguém mais forte do que ela…

E se durante a brincadeira surgir alguma desavença importante com o outro, a ponto de colocar em risco a brincadeira, a criança deverá ser retirada da “situação problema” e levada a um lugar onde possam conversar em particular – ela e os pais. Sob nenhuma hipótese a criança deve ser humilhada ou exposta às críticas, mesmo se essas advenham dos pais.

Espera-se que, nessa hora, os pais estejam calmos, equilibrados e melhor organizados emocionalmente, para poder acolher os filhos e agir como um agente catalisador da experiência vivida pela criança.

Estar bem informado das competências das crianças, do que elas já conseguem ou não fazer é o caminho para não exigir de uma criança o que ela, pela idade, não tem condições de cumprir.

Fazer acordos com a criança, fazer ameaças utilizando-se da preposição “se” (se você fizer isso vou fazer aquilo…) bater, mesmo que só palmadinhas, colocar de castigo ou punir tirando, da criança, o que ela mais gosta são atitudes que devem, a todo custo, ser evitadas, pois uma vez cumprida a “sentença” dada pelos pais, as crianças estarão livres para fazer tudo de novo

Além de ser uma covardia (é só os pais olharem para o tamanho deles) não contribui para a formação dos conceitos do que é certo ou errado, do que pode e do que não pode e do que é adequado ou inadequado, conceitos esses tão importantes para fazer da criança, no futuro, um cidadão de bem.

Sejam inteligentes ao dialogar com uma criança. Se o conflito está instalado procurem apresenta-la a uma situação inesperada e nova para a qual ela não está mobilizada. Conflitada, ela sairá do círculo vicioso da “malcriação” e entrará num círculo virtuoso do interesse e da curiosidade.

Não se esqueçam de que as crianças são muito resistentes e só são convencidas de algo se o argumento usado contra ela ou contra os seus feitos ou malfeitos for melhor e mais inteligente do que as razões delas. Pense nisso na próxima vez que for dar limites a uma criança!

Fonte:Maria Drummond Gruppi

Diretora da escola Ponto Omega, localizada nos Jardins, em São Paulo

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