Clique e acesse a edição digital

Como proteger meu bebê prematuro?

Tempo de Leitura: 3 minutos
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Beautiful newborn baby boy, laying in a small crib holding his father finger in prenatal hospital

Um dos cuidados que toda família de prematuros enfrenta é a restrição das visitas em casa.

É importante falar que o sistema imunológico de toda criança é parcialmente imaturo até os 4 anos de idade, desenvolvendo-se até completar a sua maturidade no período da pré-adolescência, por volta dos 12 anos. Portanto, especialmente nos primeiros anos de vida de todo bebê, a imunidade ainda é muito baixa, o que requer um cuidado especial. Se o sistema imunológico é imaturo em todos os bebês, mesmo nos que nasceram a termo e sem nenhuma complicação clínica, o dos prematuros é ainda mais. O prematuro recebeu parcialmente da mãe os anticorpos/ células de defesa, chamadas de imunoglobulinas. Elas são importantes para combater e atuar nas infecções e reinfecções virais e bacterianas, sendo que o maior aporte de defesas do organismo acontece nas últimas quatro semanas de gestação, período em que os prematuros, frequentemente, já não estão mais no útero materno.

O colostro é considerado a primeira vacina dos bebês, por conter células de defesa importantes para a proteção do organismo. O aleitamento materno é fundamental para a promoção da maturação do sistema imunológico nos primeiros anos de vida, especialmente para os prematuros.

Diante de todo quadro clínico e fisiológico que difere muito de um bebê a termo, os cuidados normais com restrição de visitas, entrada em uma escolinha, passeios em ambientes fechados, com grande aglomeração e ações de higienização das mãos, brinquedos e ambiente domiciliar terão que acontecer por um período muito maior de tempo e com uma outra qualidade quando se trata de um bebê prematuro.

Visitas em casa após a alta hospitalar precisam ser restritas porque as pessoas podem transmitir vírus que, para uma criança com uma baixa imunidade, são capazes de provocar infecções graves, causando o retorno ao ambiente hospitalar. Algumas infecções virais, como gripe, podem até ser assintomáticas e passar desapercebidas para os adultos. No entanto, esse mesmo vírus pode provocar infecções muito graves em prematuros, como a tão temida e traumática bronquiolite.

Prematuros que passaram por um período de longa internação e que possuem broncodisplasia – doença pulmonar crônica- ou problemas cardíacos temem a mínima possibilidade de seus bebês contraírem qualquer vírus respiratório, em especial o vírus sincicial respiratório, o famoso VSR. Pessoas gripadas são potenciais transmissoras desse vírus, que pode provocar infecção no nariz, na garganta, na traqueia e na parte mais delicada dos pulmões, os bronquíolos, causando um inchaço que estreita as vias respiratórias, tornando a respiração bem mais difícil para o bebê. Como o grande segredo para evitar o contágio de qualquer vírus respiratório, ou de qualquer gripe, incluindo atualmente o coronavírus, é a prevenção.

Dra. Thais S. Rodrigues
Fisioterapeuta, apaixonada pela área da fisioterapia respiratória, formada pela Universidade Metodista de Piracicaba.
Pós-graduada em Terapia intensiva, Fisioterapia Neurofuncional pediátrico e adulto, Cuidados Paliativos e Oncologia. Há 9 anos Reabilitando Vidas.
@drathaissoleira
Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on linkedin
LinkedIn
Share on twitter
Twitter
Share on email
Email

Subscribe To Our Newsletter

Subscribe to our email newsletter today to receive updates on the latest news, tutorials and special offers!