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Crechite: saiba como lidar com seu filho nesta fase  

Tempo de Leitura: 4 minutos
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Group of preschoolers with their mothers sitting on a floor at the nursery. Happy children's communication supported by mothers. Adaptation period at the kindergarten.

Cuidados com a higiene e reforço na imunidade são essenciais no período 

Volta às aulas e iniciação na creche é sempre um momento delicado para os pais… Há quem pense que é por conta da saudade ou da adaptação da criança, mas a preocupação acontece principalmente por conta da chamada “Crechite”. É difícil encontrar uma mãe que não tenha sofrido com isso…, mas calma, ela passa!  

A “Crechite” pode ser desenvolvida através da permanência da criança na creche, que pode gerar casos de infecções e viroses através do convívio com os coleguinhas. Resfriados, gripes, gastroenterite, bronquiolite e otite também podem ser constantes. Porém o importante é ter o acompanhamento de um pediatra para observar e diagnosticar os casos corretamente. Muitos pais até não aguentam a “bateria de crises” e acabam retirando os pequenos da creche, mas é necessário ressaltar que é um processo normal de amadurecimento do sistema imunológico, que auxilia na criação de imunidade do organismo. Sem falar no fator social, que estimula na fala e em cada fase do aprendizado infantil. 

Os sintomas mais comuns da “Crechite” são: febre, dor no corpo, perda de apetite, diarreia, tosse e coriza. A maioria dos casos ocorre na faixa de até os 3 anos de idade, podendo resultar em 6 a 8 episódios de infecções anuais. Os casos não costumam ser espaçados e são seguidos. Muitas vezes, o paciente acabou de sair de uma crise e já entra em outra. O intervalo das doenças vai depender muito da forma com que cada organismo reage e da imunidade. 

O que fazer então? 

 Em primeiro lugar, leve ao pediatra e mantenha a criança afastada da creche ou da escola enquanto estiver sendo tratada ou apresentar os sintomas, para evitar a propagação. A higiene deve ser reforçada. É importante que os pais ou até mesmo os professores ensinem a forma ideal para lavar as mãos. Os itens pessoais, utensílios, talheres, copos, garrafinhas e mamadeiras não devem ser compartilhados de forma nenhuma. As vacinas devem estar em dia. Existe um mito ou circulação de ideologia contra o movimento vacinal que deve acabar. A vacinação infantil deve ser encarada como prioridade dos pais na saúde dos filhos, principalmente na primeira infância, quando o corpo ainda está aprendendo a se defender. 

Turbine a imunidade

Para turbinar a imunidade dos pequenos é essencial investir em uma alimentação saudável e que forneça nutrientes ao corpo. O consumo de frutas e legumes deve ser elevado, assim como a ingestão de água e sucos naturais.  

Banana, morango, maçã, laranja e mamão devem estar na lista da família. Esses alimentos têm o poder de aumentar a imunidade infantil e promover um desenvolvimento adequado. A laranja e o morango fornecem excelentes níveis de vitamina A, B e C. Os pais podem usar a criatividade e abusar desses sucos naturais. Para os que ainda mamam, o leite materno é um superalimento que transmite anticorpos.  

Não podemos esquecer dos vegetais verde escuros como brócolis, rúcula, agrião e couve, que possuem grande quantidade de ácido fólico e vitamina B9. Eles são responsáveis por formar e fortalecer os glóbulos brancos, que fazem parte do sistema de defesa do corpo humano.  As oleaginosas e leguminosas como nozes, amêndoas, chia, linhaça, castanha de caju e do Pará, feijão, vagem, grão de bico, lentilha e ervilha são ricas em selênio, zinco, vitamina E e ácidos graxos, componentes que fortalecem o sistema imunológico. O Ômega 3, presente nos peixes possui ação anti-inflamatória, o que auxilia no combate às crises.  Inhame e gengibre também são raízes ideais para defender o corpo e eliminar toxinas.  

Além da alimentação, o pediatra também pode recomendar medicamentos para atuar na imunidade. Mas atenção, nesses casos é necessário obter a prescrição médica para realmente saber se a criança irá precisar desse “plus”, assim como dosagem correta e período de uso. 

A “Crechite” é um momento difícil, mas assim como tudo na vida passa, creia que será assim. Entenda que os episódios de infecção podem acontecer, é normal. O convívio na creche e na escola é superimportante para as crianças, principalmente nos tempos atuais em que tudo é digitalizado. As relações precisam ser construídas de forma presencial, o que é muito valioso para o amadurecimento do seu filho. 

Dra. Danielle Negri

Médica pediatra e neonatologista, com mais de 17 anos de experiência. É CEO de um complexo pediátrico no Leblon. Formada pela UFF, possui mestrado pelo conceituado Instituto Fernandes Figueira. Responsável pela UTI neonatal da Perinatal. Anualmente, viaja para os EUA para apresentar suas pesquisas e se atualizar nos congressos mais importantes da área pela Academia Americana de Pediatria e pela Sociedade

 de Neonatologia. 

@dradaniellenegri

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