Com a chegada do verão vem também o calor, praia, piscina e com isso maior exposição ao sol, porém, é indiscutível que a pele das crianças é mais sensível, trazendo uma preocupação aos pais. Mas calma, hoje vamos falar um pouco mais sobre formas de proteção, esclarecendo as principais dúvidas e refrescando com cuidados necessários, para que a família possa aproveitar esse período de férias, tranquilos com a saúde da pele dos pequenos.
Segundo estudos, a luz solar é benéfica para os pequenos, ela é a principal responsável pela síntese de vitamina D, mas seu excesso pode trazer malefícios como desidratação, queimaduras e até mesmo aumento da chance de ter câncer de pele na idade adulta.
Hoje vou trazer um guia prático de como cuidar da pele das crianças no verão e prevenir as possíveis complicações.
Praia
• Na beirinha do mar, é exatamente onde as crianças mais gostam de brincar na praia, e é lá também que elas podem ter contato com as águas vivas. As águas vivas invadem as praias no verão e as crianças são alvos das queimaduras em até 50% dos casos. Elas são animais aquáticos que liberam substâncias irritantes quando entram em contato com a pele. Quando houver um acidente com esses animais é importante deixar os tentáculos se desprenderem ainda embaixo da água e não puxar, isso libera uma quantidade maior de veneno. Além disso, colocar vinagre ou mesmo água salgada, alivia os sintomas, porém pode ser necessário procurar um médico para que a criança seja medicada com analgésicos para controle da dor. Caso seja muito extenso, o ideal é procurar um pronto atendimento para avaliação.
• Também na praia, podemos ter contato com outro “bicho”, que pode causar algum incômodo, ele se chama, bicho geográfico ou larva migrans. É encontrado nas areias das praias, onde há circulação de cães e gatos. Essa larva, quando infecta, provoca lesões tortuosas, que causam grande coceira. Uma forma possível de prevenção além de evitar esses ambientes, é a utilização de chinelos ou sapatilhas de neoprene.
• A própria areia, pode causar irritação em quem tem pele sensível, por isso, após a brincadeira, é importante passar água doce e secar a criança.
Piscina
• Pegar uma piscina no verão é irresistível, mas é importante ficar atento ao tratamento da água. Se ela estiver suja e sem tratamento, bactérias podem se desenvolver e levar à infecções. Paradoxalmente, o cloro, que trata a água, pode causar irritação na pele dos mais sensíveis. Nesses casos, é importante que a criança fique na água por curtos períodos de tempo, leve-a para tomar banho em água doce não tratada após esses momentos na água clorada e passe hidratante para fortalecer a barreira cutânea. Outro perigo frequente, são as frieiras ou micoses que atingem os pés, nesse caso, novamente, há relação com águas não tratadas adequadamente. O tratamento, é com pomadas e sprays tópicos.
Filtro solar
• Antes dos 6 meses o bebê não deve ser exposto diretamente ao sol, salvo casos com indicação médica, e não é recomendado que utilize protetor solar, apenas roupas e chapéus de proteção UV. Após os 6 meses, os filtros estão liberados, de preferência, os que criam uma barreira de proteção (protetores físicos), que podem ser mais difíceis de espalhar, mas são os mais indicados até os 2 anos. Após essa idade é liberado o uso de filtros químicos, porém, vale lembrar que devem ser passados, 20 minutos antes da exposição solar. O FPS (fator de proteção solar) do protetor deve ser sempre acima de 30, com benefício adicional quanto maior for. Caso seu filho entre na água, o protetor deve ser reaplicado imediatamente, ao sair. As roupas de proteção UV são indicadas em todas as idades, mas tecidos normais também tem proteção, as que possuem o maior FPS, são as de nylon, rayon, linho e viscose. Vale lembrar que as roupas molhadas perdem metade do seu FPS.
Insetos
• Outra situação comum nessa época do ano, são os insetos. Como acontece com o protetor, não se pode aplicar repelentes em bebês até os 6 meses de idade. Antes disso, podemos recorrer apenas, a proteção física, como roupas de manga comprida, calças, além de telas e mosquiteiros. Após esse período, os repelentes mais indicados são à base de Deet e Icaridina, que protegem também contra o Aedes aegypti.
É importante ressaltar que, primeiro se passa o protetor solar e depois de 20 minutos, podemos aplicar o repelente. A frequência depende da substância contida nele.
Brotoejas
• São bastante comuns no verão e consistem em um processo inflamatório das glândulas sudoríparas. Com isso, a melhor prevenção é vestir a criança com roupas largas e frescas, preferencialmente de algodão.
Espero ter conseguido esclarecer algumas questões características dessa época do ano, se ficar alguma dúvida, como sempre, estou à disposição.