Além da repetição de movimentos, essa lesão é comum em mulheres gestantes e no pós-parto devido às alterações hormonais no organismo. Pois, durante a gestação, a mulher produz um hormônio chamado relaxina que tem a finalidade de ajudar no trabalho de parto. “A relaxina atua diretamente em todas as articulações relaxando os ligamentos dando maior mobilidade às articulações. Apesar de seus benefícios, na hora do parto, esse hormônio também favorece o surgimento dessa tendinite que pode impedir a mãe de carregar o filho no colo por muito tempo”, explica o ortopedista.
A inflamação costuma iniciar-se no terceiro trimestre de gestação, podendo se agravar no pós-parto. Isso porque os cuidados com o recém-nascido podem aumentar a dor. E assim que a mãe observa que não está tendo força nas mãos, para realizar tarefas cotidianas, seguida de dormência, deve procurar um atendimento médico para um diagnóstico preciso.
Cuidado com a posição ao amamentar
Durante a amamentação, a mãe deixa a coluna cervical tensa, e isso provoca dores. O posicionamento durante a amamentação também pode causar tendinite ou bursite, devido ao peso do bebê. “É preciso tomar cuidado com a postura adotada ao carregar o bebê e durante a amamentação, pois os movimentos realizados para cuidar do bebê podem sobrecarregar varias partes do corpo como a região lombar e os joelhos além da mão”, ressalta o ortopedista.
Para identificar o problema são realizados testes e exames como radiografia da mão, hemograma e provas reumáticas que auxilia o diagnóstico. “O exame físico irá demonstrar a diferença entre essa tendinite e outros problemas como a artrose, processo degenerativo de uma articulação da base do polegar, fraturas e artroses dos ossos do punho”, diz Iha.
Normalmente, o tratamento é feito com anti-inflamatórios e analgésicos, sendo que a imobilização do polegar pode ser necessária. “O uso de infiltração com corticoesteroide e os anti-inflamatórios não hormonais são reservados para uso após o parto”, afirma o ortopedista.
Como prevenir
Seguir uma rotina de exercícios físicos e evitar movimentos repetidos podem aliviar os sintomas e prevenir a tendinite de Quervain. O ortopedista Luiz Alberto Nakao Iha dá algumas dicas para evitar esse incômodo:
• Na hora de amamentar o bebê, escolha uma posição correta e confortável. O ideal é fazer isso sentada em uma cadeira, mantendo os pés apoiados no chão e apoiando os braços com uma almofada. E deixe os ombros relaxados para não sobrecarregar a cervical.
• Após a amamentação, relaxe! Aproveite para dormir e descansar. É importante que a mãe esteja descansada na hora da amamentação.
• Alguns exercícios podem ser feitos antes e após a amamentação. Relaxe os ombros e suba-os lentamente associando com a respiração. Depois solte junto com o ar ou tracione a cabeça para baixo mantendo por 10 segundos. Este movimento pode ser repetido três vezes ao dia.
• Faça movimentos para ativar o sistema linfático e o proprio retorno venoso. Aposte nos movimentos circulares com os pés, cinco vezes para o lado direito e depois para o esquerdo, alem de movimentar os pés para cima e para baixoo mesmo numero de repetições.
• Não deixe de fazer atividade física, desde que liberado também pelo obstetra.
Fonte- Ortopedista Luiz Alberto Nakao Iha (CRM-SP:111559), formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e médico da Clínica Healthme
A Mente dos 7 a 8 anos
Nesta fase, a criança ainda não está pronta para pensar sobre hipóteses. Portanto, é comum a mãe dizer: “Não faça isso ou vai acontecer tal