Nada mais gostoso do que ver o seu bebê se divertir e se desenvolver a cada dia. E você, claro, tem um papel fundamental em tudo isso: descubra como é possível ajudar o seu pequeno a se desenvolver com muito carinho e brincadeiras.
PARA A MUSCULATURA
Logo no início da vida o seu bebê não tem tantos benefícios utilizando brinquedos, no entanto, existem sim atividades divertidas para eles, em forma de massagens. “As brincadeiras nessa idade são muito básicas e devem ser aquelas em que eles aprendem. NO PRIMEIRO ANO DE VIDA O BRINQUEDO DA CRIANÇA SÃO OS PAIS, e quando ela tem a alegria deles, e eles a dela, essa é a verdadeira brincadeira”, explica o pediatra SYLVIO RENAN MONTEIRO DE BARROS, autor do livro “Seu bebê em perguntas e respostas – Do nascimento aos 12 meses”.
A especialista conta que não se deve forçar a musculatura das crianças, e mesmo que ela queira se sentar você não deve ajudá-la. “ELA ESTARÁ PRONTA PARA SENTAR QUANDO CONSEGUIR FAZER ISSO SOZINHA. O DESENVOLVIMENTO DEVE SER GRADUAL, do nascimento aos dois meses deve-se trabalhar a cabeça e o pescoço, dos dois aos três meses o tronco e os braços, dos quatro aos seis meses é a vez da região abdominal e a partir dos seis meses começam as pernas”, completa.
DE 0 A 2 MESES
O primeiro grande estímulo é mamar, o que fortalece naturalmente os lábios. Nessa hora, aproveite para fazê-lo perceber as outras áreas da face: “A MÃE PODE TOCAR A TESTA E O PESCOÇO DO FILHO ENQUANTO AMAMENTA”. Outra boa maneira de fazer com que ele mova o pescocinho é investir nas massagens bem suaves com óleo próprio para bebês, brincando com ele em diferentes posições. “MUDE AS POSIÇÕES, BRINCANDO E CONVERSANDO COM ELE DEITADA AO LADO, para ele ter que virar o pescocinho para te olhar”, indica.
2 A 3 MESES
Esse é o momento de começar a movimentar bracinhos e acariciar o tórax, investindo na massagem suave com óleos e movimentos leves. “DEIXE-O SEGURAR SEU DEDO, use o óleo de amêndoas ou hidratante de bebê e vá passando bem de leve, porque a pele é muito sensível. A criança adora esse toque e sente aquela parte do corpo”, conta. Também é possível aproveitar que ela segura sua mão para dar leves levantadinhas segurando seus braços, mas nada muito longe do apoio, para não machucar.
A PARTIR DOS 6 MESES
Agora que o resto do corpo já está mais coordenado, é hora de passar a estimular as perninhas do pequeno. “PODE LEVANTAR UM POUCO, BEM SUAVEMENTE, A CRIANÇA PELAS AXILAS, PARA FORÇAR AS PERNAS. AO FAZER MASSAGEM, ESTIQUE AS PERNINHAS E VOLTE À POSIÇÃO INICIAL, COM MUITO CUIDADO”.
BRINCADEIRAS ESTIMULANTES
DE 0 A 6 MESES
“Os estímulos dos órgãos sensitivos são muito importantes, e o papel da mãe é fundamental. Procure sempre estimular seus cinco sentidos em qualquer faixa etária, porque a criança aprende o que ela vive. UM DOS MAIORES ESTÍMULOS NO INÍCIO DA VIDA É O CARINHO DOS PAIS, a maneira como a mãe aborda a criança, com voz tranquila e suave, o toque e o colo”, conta o pediatra MÁRIO NOVAIS, diretor do Hospital Daniel Lipp.
CONTAR HISTÓRIAS
Mesmo que o bebê não entenda, contar histórias é ótimo para o aprendizado, um momento especial entre vocês. “Coloque a criança no colo, pegue um livro e vá contando a história para ela. Ela não estará compreendendo o enredo, mas É UM ESTÍMULO VISUAL, SONORO E DO CARINHO DA MÃE. Mostrar desenhos de animais e associar com o barulho que ele faz também é ótimo, ela passa a ligar uma sensibilidade auditiva com uma sensibilidade visual, estimulando os neurônios com mais informações”, indica Novais.
ESCONDE-ESCONDE
Sabe aquele velho joguinho de “cadê a mamãe? Olha ela aqui”, que rende muitas gargalhadas dos pequenos? Muito além da diversão, ela é um verdadeiro ensinamento, como relata Novais: “Se esconder da criança quando ela está deitada a faz associar que uma coisa desaparece dali, mas não some de fato, ela volta. Isso também pode ser feito com o brinquedo, sempre falando com ela enquanto mostra e retira. ISSO VAI DIMINUIR O MEDO QUE TEM DE A MÃE ESTAR AFASTADA, porque ela percebe que sumir do seu campo de visão não significa deixar de existir”.
BATER PALMINHAS
Bater palmas para o bebê e fazer o mesmo movimento com as mãozinhas pode parecer bobagem, mas é outra maneira de desenvolvimento, segundo Barros: “É bem leve, MAS AOS POUCOS ELE VAI
IMITANDO OS PAIS. Todo estímulo feito por eles vai ser aprendido e repetido com o tempo, e o ensinamento aqui é exatamente o da repetição”.
ROLAR NO CHÃO
A partir do momento em que o seu pequeno conseguir controlar melhor os movimentos, o que deve acontecer perto dos seis meses, é ótimo deixar que ele role o corpo, algo que começará a fazer naturalmente. “ELES GOSTAM MUITO DE BRINCAR DE ROLAR NO CHÃO, E É ALGO QUE AS MÃES PODEM ESTIMULAR. Você pode colocar uma manta para o bebê e deixar um brinquedo um pouco afastado para que ele tenha que rolar até o objeto para pegá-lo”, aconselha Novais.
BEXIGA
O bebê não pode segurar o balão, já que se estourar vai provocar um susto, mas você pode tornar essa brincadeira muito divertida para ele. “A mãe joga a bexiga para a criança, pode até deixar bater nela de vez em quando. ASSIM ELA VAI PRESTAR ATENÇÃO AO REDOR, VER OS MOVIMENTOS E NOTAR O MUNDO”, conta Barros.
CERCADINHO
Ficar no cercadinho, ou até mesmo num edredom no chão, é delicioso tanto para os pais quanto para os bebês, e pode estimular a coordenação motora: “a mãe pode deitar como pequeno e deixá-lo bem a vontade, até para rolar sobre ela. ISSO É UM TREINO MUITO BOM PARA ENGATINHAR”.
BRINQUEDINHOS COLORIDOS
Brinquedos apropriados para a idade são totalmente recomendados, e se colocados da maneira correta tem muito a contribuir. “Pegar o brinquedo e colocar na mão da criança estimula o tato e a visão, e se for um chocalho é ainda melhor por ter também o estímulo da audição. ALTERNE OBJETOS MACIOS COM OUTROS MAIS RÍGIDOS, E TAMBÉM DE CORES DIVERSAS, que a fará aprender diferentes texturas”, garante Novais.
ESTIMULANDO A FALA
Apesar das manifestações em sílabas acontecerem apenas após o sexto mês, a comunicação começa assim que o bebê nasce, e vale a pena que você preste atenção nisso desde cedo. “O choro é uma forma de comunicação e cada um tem o seu significado, o que a mãe aprende a reconhecer. Os pais devem estimular conversando, cantando e observar se ela se atenta ao som do ambiente. O CONTATO COM A VOZ DA MÃE É MUITO ESTIMULANTE”, explica a fonoaudióloga DIONÍSIA LAMÔNICA, do Departamento de Linguagem da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.
A partir dos cinco meses, prepare-se para ouvir os primeiros balbucios como “mamama”, “papapa”, ou “bababa”, que indicam que o seu filho está aprendendo a falar. “Após esse tempo a criança passa a dobrar as sílabas, e os pais passam a dar significados para esses balbucios, ela está tentando falar. A MÃE DEVE RESPONDER À CRIANÇA E FALAR COM ELA, PORQUE SE NÃO TIVER RETORNO AO FAZER ESSES SONS A COMUNICAÇÃO NÃO VAI CRESCER”, alerta. As primeiras palavras devem vir perto do um ano de idade, mas não se assuste caso isso não aconteça, já que algumas crianças tendem a demorar mais.
É importante não conversar apenas de maneira manhosa com a criança, já que ela precisa adquirir vocabulário desde cedo. “Você tem que ir acompanhando o desenvolvimento do bebê, NÃO FALE SÓ NO DIMINUTIVO E MOSTRE PARA ELE OS OBJETOS DO DIA A DIA DIZENDO SEUS NOMES, deixe-o tocar no que mostrar. À medida que a criança vai crescendo ela precisa de um vocabulário rebuscado, é bonitinho quando ela fala errado, mas é preciso que a mãe diga a palavra correta na mesma hora porque isso pode ser negativo no futuro”, aponta.
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Divulgado em: Hospital Daniel Lipp.