O distúrbio de pigmentação mais frequente da gravidez é o escurecimento da linha média abdominal, formando uma linha escura vertical no centro da barriga. Mas, outras áreas do corpo podem escurecer como a fronte, o nariz, as axilas, a face interna das coxas e períneo, a aréola mamária e cicatrizes, além das sardas. Geralmente as manchas começam a desaparecer cerca de três meses depois do parto. Por isso, não é indicado utilizar despigmentantes durante a gravidez e a lactação.
Vale destacar que a exposição ao sol contribui para deixar as manchas mais escuras. Portanto, aplicar protetor solar todos os dias, mesmo em dias nublados e durante o inverno, é fundamental. Porém, qualquer produto, em geral de uso tópico, somente deve ser aplicado com a orientação de um dermatologista. Isso é importante porque alguns produtos incluídos em cremes dermatológicos não podem ser usados durante a gravidez. Há ainda os chamados cosméticos de camuflagem, que podem mascarar as manchas. Em geral, são apresentados em forma de gel, feitos à base de lipossomas.
O médico também precisa se consultado caso a grávida esteja tomando algum medicamento, pois certas fórmulas devem ser suspensas quando surgem as manchas. Além disso, sabonetes e cosméticos podem irritar a pele e agravar o problema. Neste caso, o uso deve ser suspenso. Vale lembrar que o uso de anticoncepcionais não deve ser reiniciado se a mancha ainda existir, assim como os cuidados com o sol precisam ser redobrados.
Se as manchas não desaparecem totalmente pós-parto, o dermatologista poderá indicar um tratamento com produtos de aplicação tópica que, deverão ser usados todos os dias, inclusive por um período após o desaparecimento das manchas.
Fonte – Médica Dermatologista Vanessa Penteado, Diretora Médica da Clínica Pantheon.
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