Os novos costumes sexuais da população ocidental nestes dois últimos séculos, a união dos conhecimentos da psicologia à medicina, a influência da mídia nos costumes pondo fim a paradigmas conservadores, auxiliaram a tornar a sexualidade um fenômeno normal dentro do ciclo da gestação e da amamentação. E é neste item que a assistência médica com a visão feminológica mais pode ajudar os casais.
Uma orientação médica isenta de preconceitos pseudo científicos, centrada na vivência de cada casal e de como estão tendo prazer em gerar o seu filho, abre as portas para diálogos criativos sobre sexo na gravidez. Ao médico, informar que a sexualidade durante a gestação e pós-parto, além de saudável, é uma forma belíssima de confirmar a saúde de uma relação conjugal, ele já pode convidar ao casal para que se descubram ainda meios em sua intimidade. Como tudo na gestação modifica-se a cada mês, a sexualidade também passa por inúmeras transformações, que não deixam de ser um lindo mistério a ser desvendado pelo casal. A gravidez é um ótimo período para você perceber o funcionamento de seu organismo, rever sua sexualidade e seu relacionamento.
Pode haver situações patológicas em que se contra indique a penetração vaginal durante a gestação. Mulheres que sofreram abortos anteriores, por exemplo, devido a uma incapacidade do colo uterino em permanecer fechado a partir do inicio da gravidez até o período que chamamos de termo, com 37 semanas. Mulheres em que a placenta esteja inserida no colo uterino (Placenta Prévia) e que sangram podem ser orientadas a não ter penetração vaginal.
Quando a gravidez não é fisiológica, a mãe ou o bebê estão sob algum risco o médico, pode contra indicar a penetração vaginal que é uma parte da sexualidade humana. Mas lembramos que sexo é intimidade, carinho, chamegos, coisas que nenhum médico contra indica por nada, nunca. Carinhos, massagens nas costas e ombros, toques amorosos e prazer sexual fazem parte da expressão física de um relacionamento carinhoso e saudável.