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Mordida na escola

Tempo de Leitura: 3 minutos
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Bebe-Morde

Quem nunca ouviu falar que alguma criança foi mordida ou mordeu alguém na escola? Isso é um fato bem comum entre crianças, especialmente entre 1 a 3 anos e costumam deixar os pais bem apreensivos e os educadores bastante preocupados. 

As crianças se comunicam de várias formas, tendo a fase chamada oral bem pronunciada, sendo as mordidas normalmente uma forma de demonstração de emoções, alegria, tristeza, raiva, irritação, disputa de brinquedos ou mesmo atenção. Assim como colocam muitos objetos na boca, morder os amiguinhos podem ocorrer e não são acontecimento raro.

Quem assiste as crianças deve manter a calma, mostrar para quem mordeu que isso não é bom, que machuca e faz o amiguinho chorar, sempre orientando para tentar resolver a situação ou se expressar de outra forma. É muito importante reforçar para ambas as famílias, tanto de quem mordeu como a de quem foi mordido, que isso é normal e passará com o tempo. Apesar de normal, deve sempre ser conversado. 

Quando as mordidas se tornam muito repetitivas e persistentes (além dos 2 a 3 anos) é importante procurar orientação do pediatra e se necessário assistência psicológica para avaliar se isso não pode estar indicando algum outro problema mais sério, muitas vezes até familiar. 

Cuidados locais de higienização devem sempre ser tomados em quem foi ferido no local da mordida, isso porque junto com a mordida acontece contato com a saliva do amiguinho que pode carregar consigo bactérias e vírus. Quando ocorre lesão da pele com sangramento local, os cuidados devem ser mais rigorosos. Quem assiste as crianças (educadores e babás principalmente) devem sempre manipular o ferimento com auxílio de luvas para evitar contato direto com sangue. A área atingida deve ser imediatamente lavada com água e sabão e é necessário checar se a criança que ocasionou o ferimento possui alguma doença. Algumas patologias são transmitidas pelo contato da saliva com sangue e por isso checar a saúde de quem feriu o amiguinho é sempre um cuidado necessário.

Em casos de dúvidas, procure sempre o pediatra para orientação adequada.


Dra. Daniela Vinhas Bertolini
Pediatra e Infectopediatra. Doutora em Pediatria pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Membro do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo. Infectopediatra do Programa Estadual e Municipal de IST/Aids de São Paulo


@cuidarpediatria
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