Clique e acesse a edição digital

O CIÚME DO PAI EM RELAÇÃO AO BEBÊ

Tempo de Leitura: 3 minutos
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

Esse sentimento, desde que seja equilibrado e consciente pode até ser saudável para uma relação. No entanto, quando falamos em ciúme de um filho, aos olhos de terceiros, parece ser um sentimento mal administrado por quem o sente, principalmente no caso de ciúmes de um bebê.
É muito comum ouvirmos mães se queixando de que o parceiro sente ciúmes do bebê, mas também tenho escutado muito sobre comportamentos indiretos que denotam que alguns pais apresentam esse sentimento, porém de maneira inconsciente, pois até eles próprios o repudiam.
A chegada do bebê pode ser um momento muito especial na vida de um casal, vindo a coroar uma relação e configurando uma família. Entretanto, em alguns casos, parece que tudo o que foi desejado durante a gestação não ocorreu como programado, o que não significa que o bebê não foi planejado e desejado pelo pai.
O nascimento de uma criança mobiliza nas pessoas questões muito profundas que nem sempre são conscientes. Nesse momento, inevitavelmente, tais pessoas entram em contato com o bebê que foram um dia, e tudo o que isso representou em sua vida, considerando sua história, a relação com a mãe, lembranças conscientes ou inconscientes. A dinâmica do casal também sofre mudanças com a chegada do pequeno, sem levar em conta as mudanças do ambiente, até mesmo físicas, que se fazem necessárias para receber o rebento.
Se tudo correr bem, e se a mãe estiver em condições psíquicas saudáveis, a relação dela com o filho, nos primeiros meses de vida, se dará de maneira muito intensa, e os dois parecerão ser uma só unidade. Essa relação tão integrada, da mãe com o bebê nem sempre é bem administrada pelo parceiro e pode ser um dos motivos de discórdia e dificuldades do casal.
O parceiro que consegue ter consciência desse sentimento é capaz de lidar melhor com tudo o que está vivendo. Contudo, muitos não se dão conta do que sentem e apresentam comportamentos bastante variados, como indiferença, raiva, angústia, negação. Sintomas depressivos também podem estar presentes, incluindo tristeza e ainda irritabilidade.
O acompanhamento psicológico pode ser muito importante para que o pai tenha condições de entrar em contato com o que de fato está acontecendo consigo mesmo, porém, quando isso não for possível, devido à inconsciência de seus comportamentos, a companheira poderá ajudá-lo nesse processo, mostrando-lhe o que ela observa e sente em relação a ele. Entretanto, vale ressaltar que essa não é uma tarefa fácil, principalmente para a mulher que está vivendo um momento de muita integração com o filho e necessita de um ambiente que lhe dê suporte, para que possa desempenhar sua função materna com serenidade.

Cynthia Boscovich
Psicóloga clínica, psicanalista. Atende adolescentes e adultos em seu consultório, e possui também um trabalho específico com grávidas, mães e bebês, na área de prevenção e tratamento.
www.cuidadomaterno.com.br
Tel. (11)5549-1021

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on linkedin
LinkedIn
Share on twitter
Twitter
Share on email
Email

Gravidez de Gêmeos

Temos observado um aumento da incidência de nascimento de gêmeos. Isto reflete uma mudança de comportamento da sociedade. A mulher conquistando seu espaço no campo

Leia Mais »

Alerta Coronavírus

Nos últimos dias temos assistido a muitas notícias desse novo vírus que tem alarmado o mundo. Afinal quem é ele? O que ele pode causar?

Leia Mais »

Subscribe To Our Newsletter

Subscribe to our email newsletter today to receive updates on the latest news, tutorials and special offers!