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O USO DE SUPLEMENTOS E VITAMINAS NA GRAVIDEZ

Tempo de Leitura: 4 minutos
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A suplementação só é necessária em gestantes que já apresentam deficiência de algum nutriente. No entanto, se a grávida tiver uma alimentação saudável, o que, infelizmente, nem todas têm, não são necessários suplementos adicionais. A médica Suzete Motta explica que as exceções são o ferro, o ácido fólico e o cálcio. O magnésio também pode ser importante, porque muitas mulheres sofrem de deficiência desse mineral durante a gravidez, o que causa câimbras nas pernas. Caso seja necessário para o bebê, também pode tomar vitamina B12 ou vitamina B6.
“Há sim um aumento das necessidades nutricionais da mulher para a formação dos componentes da gestação, mas normalmente todos esses nutrientes podem ser obtidos através da própria alimentação. A gestante precisa ter um cardápio balanceado, que forneça todos os nutrientes necessários para que o bebê se desenvolva e a gravidez seja segura”, aconselha.
Veja a função de cada micronutriente especificamente durante a gravidez:
Vitamina A
Importante para o crescimento e para o desenvolvimento do feto. A sua deficiência no organismo pode causar defeitos congênitos, morte fetal, parto prematuro, retardo de crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer e contribuir para uma baixa reserva do nutriente no recém-nascido. “Se consumida excesso também pode ser prejudicial, podendo provocar malformações fetais atribuídas a alterações no metabolismo do DNA”, alerta Motta.
Vitamina C
Segundo a médica, ainda não há dados suficientes que comprovem sua importância específica durante a gestação, mas a vitamina C é um antioxidante, promove a síntese de hormônios, ajuda na cicatrização das feridas e na absorção do ferro da dieta. Sua deficiência provoca maior risco de infecções, ruptura prematura de membrana, parto prematuro e eclâmpsia.
Vitamina D
Tem a função de regular o metabolismo do cálcio e do fósforo, necessários ao bom desenvolvimento dos sistemas nervoso, muscular e imunológico. “Essa vitamina pode ser adquirida através da dieta ou sintetizada na pele através de uma reação catalisada pela radiação”, explica.
Ácido Fólico
Atua como coenzima no metabolismo de aminoácidos, na síntese de DNA e RNA, é vital para a divisão celular e síntese protéica. Suzete Motta afirma que a sua deficiência provoca maior chance de deslocamento de placenta, nascimento precoce, morte neonatal, baixo peso ao nascer, prematuridade, anemia megaloblástica e defeitos no tubo neural. A recomendação de ácido fólico em grávidas é de 600 mcg.
Ferro
Reduz o nascimento de bebês prematuros e com baixo peso, reduz o risco de morte materna no parto e no pós-parto imediato, melhora a resistência às infecções; melhora a capacidade de aprendizagem da criança e é fundamental para o crescimento saudável. Sua deficiência provoca anemia ferropriva, que está associada à maior risco de mortalidade materna, menor resistência aos sangramentos do parto e puerpério, parto prematuro e baixo peso ao nascer.
“A OMS recomenda que todas as gestantes, independente da presença de deficiências dietéticas ou bioquímicas, devem receber dose profilática de ferro na quantidade de 30 a 40 mg durante todo o terceiro trimestre”, diz a especialista.
Cálcio
Importante na garantia da formação de estrutura óssea e dentária do feto. Sua deficiência no organismo durante a gestação e especialmente no período de amamentação pode levar à retirada do cálcio dos ossos da mãe para suprir as necessidades de formação do feto e para a produção de leite. “Se o bebê diminuir as reservas de cálcio da mãe, ela pode ter futuramente osteoporose, perdas de dentes e cáries”, alerta.
Suplemento certo para cada fase
Antes de engravidar: Ácido Fólico (1mg/dia)
Primeiro trimestre: Ácido Fólico (1mg/dia) e Vitamina B6 (30mg/dia)
Segundo trimestre: Ferro (45 a 60mg/dia), Cálcio (100 a 150 mg/dia) e Magnésio (200mg/dia)
Terceiro trimestre: Ferro (45 a 60mg/dia) e Ômega 3 (500mg/dia)

Fonte – Dra. Suzete Motta (CRM-SP 93004) médica com formação em medicina esportiva.

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