Junto com os agasalhos, lá vem preocupação. É só os termômetros baixarem a temperatura para as mães temerem pela saúde das crianças. Sinais como coriza, espirros e tosse. Coitadinhos! Já são motivos para ficar em alerta. E não é para menos. O inverno castiga mesmo os pequenos e os deixa bem mais suscetíveis às doenças.
É a época que chamamos de período sazonal de favorecimento para infecções do sistema respiratório. Existe uma maior concentração de pessoas em locais fechados, mais choque térmico, a poluição aumenta, o ar fica seco e as vias áreas ficam irritadas. O resultado é o organismo exposto a gripes, resfriados e ao desencadeamento de males como bronquite, asma e alergias.
Efeito dominó na escolinha
Boa parte das mamães já passou pela cena de ver o filho alheio espirrando na escolinha e pensou “Hum, amanhã será a vez do meu…”. Na maioria dos casos é o que acaba acontecendo mesmo. O contato com apenas um indivíduo adoentado é a principal causa do contágio de gripes.
Aí vale cobrar o cuidado de professores e funcionários no lugar onde a criança passa a maior parte do tempo. Fazem uma baita diferença ações higiênicas como lavar bem as mãos, lavar objetos, como pratos, talheres, roupas e brinquedos, que são compartilhados, além de manter o local minimamente ventilado.
Para não passar pelo apuro de ter crianças baqueadas pelos cantos, confira abaixo algumas dicas que ajudam a reforçar a imunidade da garotada na estação mais fria do ano.
Barreira contra a gripe
Crianças com idade a partir dos seis meses de idade já estão liberadas para receber a vacina contra o vírus influenza (o causador da gripe), que atinge, principalmente, crianças e idosos. Segundo estudos realizados pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os casos de complicações respiratórias, como pneumonia, aumentaram entre crianças de seis meses a 5 anos de idade.
No Brasil, o período do ano ideal para receber a vacina é por volta dos meses de abril e maio. Assim, a criança fica protegida desde o início do inverno. A dose da vacina deve ser renovada a cada ano. O vírus sofre mutações e torna-se mais resistente, sendo necessário o desenvolvimento de um novo coquetel antigripe.
Outra atitude importante é a limpeza diária da cavidade nasal com soluções isotônicas de cloreto de sódio. Já existem estudos mostrando que o uso dessas soluções 3 vezes ao dia consegue previnir a rinite e durante as gripes ou resfriados, o uso 6 vezes ao dia reduz os sintomas respiratórios.
O lactente menor de seis meses de idade pode apresentar muito desconforto com a obstrução nasal causada pela rinofaringite viral. Portanto, este cuidado é especialmente importante nesses lactentes, antes das mamadas e durante o sono.
Comidinha poderosa
A proteína, das carnes, ovos e queijos, e as vitaminas, das frutas, legumes e verduras, não podem faltar no prato. A alimentação rica e balanceada ajuda a fortalecer o sistema imunológico das crianças. É importante buscar os nutrientes em alimentos naturais e variados para não ficar só nas guloseimas industrializadas que, além de pouco nutritivas, também são calóricas.
Vale também a ingestão de muitos líquidos como água, sucos, água de coco, chás. Mas tem que beber bastante! Para manter o corpo das crianças hidratado, deixar as vias nasais umedecidas e evitar as irritações provocadas pelo clima muito seco dos dias frios.
Operação tira mofo
Ameaçou dar aquele friozinho? Hora de separar as roupas de inverno e cobertores para uma sessão limpeza e colocar a máquina de lavar para funcionar. Depois de muito tempo guardadas, essas peças reúnem além da poeira, fungos e ácaros, que facilitam processos alérgicos.
Bem quentinho
Corpo aquecido é corpo protegido. Pés descalços no chão frio, cabelo molhado ao vento e pouco agasalho nos dias frios nem pensar. Colocar um gorro no filhote antes de sair ao relento pode ser a salvação para o chororô de um possível resfriado. E, na hora do banho dos bebês, certifique-se que a água está quentinha e que não há correntes de ar frio no local para evitar choque térmico.