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Síndrome do ovário policístico

Tempo de Leitura: 3 minutos
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Entre 20% e 30% das mulheres desenvolvem cistos nos ovários em alguma altura da vida. Apesar de ser importante acompanhá-los, normalmente estes não têm relação com doenças e desaparecem de forma espontânea. Porém, 10% delas apresentam um tipo de disfunção que está entre as causas mais comuns de infertilidade feminina e vem associada a outros sintomas, a síndrome do ovário policístico (SOP). Ainda que seja um mal incurável, os sintomas da SOP podem ser amenizados e hoje já existem diversas opções de terapias que aumentam e muito as chances de gravidez dessas mulheres.
A SOP é uma doença endócrina, ou seja, causada pela alteração dos hormônios. Não tem uma causa conhecida, mas é sabido que ocorre uma disfunção na glândula que regula a produção hormonal, o hipotálamo, e também uma resistência do organismo à ação da insulina, que acaba por estimular a produção excessiva de testosterona pelos ovários. Com o excesso de testosterona, a ovulação é alterada e alguns folículos que estão nos ovários não conseguem completar o ciclo de ovulação, não amadurecem e acabam por se acumular, formando microcistos.
Sintomas e Diagnóstico
Os principais sintomas são alterações no ciclo menstrual, que pode ter longos intervalos, em torno de três meses entre uma menstruação e outra, ou até mesmo a ausência da menstruação; aparecimento de pelos em locais inconvenientes, como, por exemplo, no rosto; aumento da oleosidade da pele com surgimento de acne; e acúmulo de gordura abdominal, com tendência à obesidade. Caso haja existência de dois ou mais desses indícios, é bom procurar um médico.
Contudo, apenas os sintomas não são suficientes para determinar o quadro clínico. A avaliação completa é feita por meio de ultrassonografia pélvica, ou transvaginal, exames clínicos e laboratoriais. Para a confirmação do diagnóstico, é preciso que a mulher apresente dois dentre os seguintes sinais: ovários policísticos apresentando mais de 12 folículos, com aumento do volume ovariano acima de 10 cm³; falta de ovulação ou deficiência; e sinais de aumento na produção de hormônio masculino.
Tratamento

O tratamento vai depender da fase da vida da mulher. O que é mais importante em determinado momento e qual o sintoma que mais a incomoda são perguntas essenciais a serem feitas pelo médico. Em geral, é indicado o uso de anticoncepcionais orais, que diminuem o aparecimento de pelos, espinhas, cólicas, ou mesmo evitam o aumento de peso. Para mulheres que querem engravidar, a primeira alternativa é o uso de indutores de ovulação, mas, em alguns casos específicos, em que o ovário esteja mais danificado, ou haja grande produção de hormônio masculino, pode ser necessário um tratamento de reprodução assistida.
Procurar tratamento para a doença e manter o peso são fundamentais para a saúde e bem-estar das pacientes. A obesidade também gera resistência à insulina, que produz o aumento dos hormônios masculinos e tende a agravar os sintomas. Além disso, no caso da SOP, também piora a tendência ao desenvolvimento de diabetes e a chance do aparecimento de doenças cardiovasculares.

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