No período da gestação os cuidados com a saúde devem ser redobrados para que o bebê e a mãe não corram nenhum risco. Nessa fase, a capacidade de formar coágulos aumenta por conta da preparação da mulher para o parto, o que pode acabar desenvolvendo uma trombose na gravidez.
A trombosesurge quando um coágulo se forma dentro de uma veia ou artéria, dificultando a circulação. Durante a gestação, em alguns casos extremos, essa doença pode levar ao comprometimento da placenta levando altos riscos para o bebê. Além disso, pode causar uma embolia pulmonar (quadro respiratório grave), quando o coágulo se desprende e acaba parando em uma artéria, impedindo o fluxo de sangue para o pulmão.
“Essa doença pode surgir por três motivos, por lesão mecânica ou química na parede da veia, pela estase venosa que ocorre quando a circulação do sangue é diminuída e pela coagulação sanguínea. As mulheres portadoras de trombofilia estão mais propensas a ela devido a uma predisposição usualmente genética à trombose”, explica Ary Elwing angiologista especialista em cirurgia vascular periférica e tratamento a laser.
A trombose na gravidez é mais frequente em gestantes com idade superior a 35 anos, que já sofreram do problema em uma gestação anterior, em mulheres grávidas de gêmeos ou que apresentam excesso de peso.
Os tipos mais comuns na gestação são: Trombose venosa profunda que afeta mais frequentemente as pernas, a Trombose hemorroidária que pode surgir nas hemorroidas provocadas pelo peso do bebê ou durante o parto, Trombose na placenta causada por coágulo nas veias da placenta, podendo provocar aborto nos casos mais graves, e a Trombose cerebral provocado por um coágulo no cérebro.
Os principais sintomas são as pernas e pés inchados subitamente, dor e alteração da coloração da pele, que fica vermelha ou azulada e o aumento da veia local. Outros sintomas como sensibilidade e aumento de calor no local também podem indicar essa doença.
O tratamento para trombose na gravidez deve ser indicado pelo obstetra. Na maioria dos casos é feito o uso de injeções de heparina, que ajudam a dissolver o coágulo, diminuindo o risco de formação de novos coágulos.
Em grande maioria, o tratamento deve ser mantido até ao final da gestação e seis semanas após o parto, pois durante o nascimento do bebê, seja via parto normal ou cesárea, as veias abdominais e pélvicas das mulheres sofrem lesões que podem aumentar o risco de formação de coágulos.
“Utilizar meias de compressão graduada desde o início da gestação para facilitar a circulação sanguínea, praticar exercício físico leve regular, como caminhadas ou natação, para melhorar a circulação do sangue, evitar ficar mais de 8 horas deitada ou mais de 1 hora sentada, ter uma alimentação saudável e evitar fumar ou conviver com pessoas que fumam, são excelentes maneiras de evitar sofrer com o problema”, indica o Angiologista.
Fonte – Dr. Ary Elwing (CRM-22.946), especialista em cirurgia vascular periférica e tratamento a laser.