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O “Skincare” da nossa parte íntima

Tempo de Leitura: 4 minutos
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A todo momento surgem novos produtos para o cuidado da chamada parte íntima das mulheres. Uma infinidade de sabonetes, desodorantes, e até perfumes! Porém, diante de tantas opções e novidades, sempre surge aquela dúvida: tudo isso é realmente necessário e ajuda no dia a dia?

Primeiramente, é fundamental conhecer bem nossa parte íntima, sabendo diferenciar cada estrutura, de modo a permitir uma correta higienização.

A parte de fora ou externa, recebe o nome de vulva, e contempla o monte de Vênus ou púbis, estruturas mais acima do clítoris. Um pouco abaixo, por outro lado, localiza-se o clítoris e a uretra (canal que leva o xixi).

Afora isso, temos os pequenos e grandes lábios, e ao final, a parte interna ou vagina.

Tanto a vulva, como também a vagina, possuem um pH ácido, variando de 3,8 a 4,5. Esse é o primeiro ponto importante, pois o pH precisa ser mantido nessa faixa para que o equilíbrio dos microorganismos seja preservado.

Fundamental dizer que a vagina é autolimpante! Em outras palavras, vocês devem saber que a parte interna não precisa ser higienizada com duchas ou qualquer tipo de lavagem.

A forma correta de realizar uma boa higiene da sua parte íntima passa pela utilização de um sabonete íntimo líquido sem cheiro, com pH ácido, e com ácido lático em sua composição. Essa é a recomendação padrão para todas as mulheres.

A lavagem pode ser feita de 2 a 3 vezes ao dia, a depender de alguns fatores, como por exemplo a temperatura da região onde você vive.

Após a lavagem, deve ser feita a secagem com leves tapinhas, tendo um cuidado especial para não deixar umidade entre os lábios. Umidade em excesso nestas áreas pode propiciar a formação de uma secreção chamada esmegma, facilitando também a proliferação de fungos e bactérias.

Produtos com cheiros e álcool devem ser sempre evitados, pois alteram o pH e podem causar disbiose vaginal.

Outro ponto que sempre vale frisar é que as calcinhas devem ser preferencialmente de algodão ou tecidos mais respiráveis, trocadas pelo menos duas vezes ao longo do dia. Dormir sem calcinha, se possível, pode ser uma boa ideia também.

A forma de lavar as calcinhas também diz muito no que concerne ao bom cuidado da parte íntima. Nada de máquina de lavar, sabão de lavar roupas, amaciantes etc.

O sabão em barra de coco é o mais recomendado para a lavagem manual, podendo ser inclusive durante o banho. E sempre colocá-las para secar em ambiente ventilado. Passar o forro da calcinha com o ferro de passar é indicado também.

Tudo bem limpinho, podemos falar de um relevante ponto fisiológico. A secreção vaginal da mulher adulta varia em relação a vários aspectos, como por exemplo ciclo menstrual, conformidade de cada pessoa etc.

Se a secreção estiver com odor diferente, semelhante a cheiro de peixe, em grande quantidade e causando coceira, podemos estar diante de um corrimento vaginal, o que necessariamente implica a necessidade da mulher ser examinada pela médica ginecologista.

Outro ponto que deve ser destacado, nesse contexto geral de cuidado, é a depilação. Não existe uma forma correta para se depilar.  A dica de ouro é não deixar os pelos muito compridos, a fim de evitar umidade e secreção indesejada.  Em caso de qualquer sinal de irritação provocado pela depilação, uma reavaliação do método ou cuidado deve ser considerada. Uma boa opção são os aparadores de pelos. Práticos e baratos.

Por fim, uma dica pessoal que pode servir para você: um grande aliado da saúde da região íntima é o óleo de coco. As substâncias presentes no óleo (ácido caprílico e ácido láurico) ajudam na hidratação da região, na profilaxia de infecções recorrentes, agindo como uma barreira protetora. Faça um teste e veja se ajuda no seu dia a dia!

Cuide bem da saúde íntima e não se esqueça das consultas médicas periódicas!


Dra. Larissa Atala
Ginecologista e Obstetra, membro da Febrasgo
Especialista em Endoscopia Ginecológica
@dralarissaatala
dralarissaatala@gmail.com
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