Clique e acesse a edição digital

Autismo e escolhas naturais: medicina integrativa e alimentação saudável

Tempo de Leitura: 5 minutos
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Gael

Desde antes de engravidar, tomei uma decisão que transformaria a vida do meu filho. Eu sabia que, quando ele nascesse, faria tudo diferente do que aprendi sobre alimentação e saúde. Cresci em um ambiente onde a alimentação saudável não era uma prioridade. Pelo contrário, desde cedo, estava cercada de guloseimas e produtos industrializados. Não culpo meus pais; eles não tinham acesso às mesmas informações e o feeling para a saúde é algo muito pessoal. Contudo, sempre senti uma inspiração interior, um amor pelos esportes e uma consciência intuitiva sobre a importância de uma alimentação saudável.

Quando engravidei, minha determinação em seguir um caminho diferente se solidificou. Estava preparada para enfrentar todas as críticas que viriam, e, de fato, foram muitas. Meu filho, Gael, sobrevivente de uma gestação trigemelar, nunca conheceu o mundo dos doces, alimentos industrializados ou porcarias, mesmo antes do diagnóstico de autismo aos 3 anos. Adotei uma rotina alimentar extremamente saudável e, aos 7 anos, Gael come ocasionalmente um Finni ou Pirulito. Nunca comeu um pedaço sequer de pão, nunca experimentou refrigerantes, nunca comeu biscoitos recheados, salgadinhos de pacote ou frituras, e também evitamos alimentos transgênicos. O maior desafio começou em festas e aniversários, mas com o apoio do meu marido, estávamos decididos a superar cada obstáculo.

Muitas mães me perguntavam: “Você não sente pena por ele não comer nenhum docinho?” Minha resposta sempre foi educada, mas internamente eu pensava: “Meu sentimento pelo meu filho não é pena, é sorte!” Hoje, ele tem uma mente saudável e, embora o início tenha sido difícil, os esforços valeram a pena. Aos 7 anos, Gael tem plena consciência das suas escolhas alimentares e a liberdade de decidir o que comer. Se ele quiser um pedaço de bolo, pode comer; não preciso mais esconder as guloseimas como fazia quando ele tinha entre 3 e 5 anos. Quando ele come um doce, faz uma careta e acha “muito doce”, não pede para repetir. Seu interesse por doces é quase nulo, simplesmente porque o doce nunca fez parte do seu paladar na primeira infância. E não é apenas na minha presença que ele se comporta assim; em ambientes escolares ou terapias, quando lhe oferecem doces ou biscoitos, ele sempre recusa e ainda alerta os amigos de que esses alimentos fazem mal. Essa conscientização vem dele, não mais de mim.

Gael tem uma compreensão impressionante sobre o que é bom para sua saúde. Desde cedo, devido à sua hiperlexia e habilidades avançadas, ele aprendeu a ler e se apaixonou por livros sobre uma variedade de assuntos, incluindo medicina e o corpo humano. Ele entende a importância de cuidar do próprio corpo e valoriza a alimentação saudável, algo que aprendeu tanto através da leitura quanto dos ensinamentos do “Método 1:1”. O orgulho que sinto por termos superado todas as críticas é imenso. A obesidade de meu pai foi um exemplo claro do que uma má alimentação pode causar, e essa realidade inconscientemente alertou tanto a mim quanto a Gael a adotar um estilo de vida saudável.

Atualmente, Gael é acompanhado pela Dra. Joana, sua pediatra integrativa, que orienta a suplementação com magnésio, ômega-3, ferro e vitamina D, entre outras vitaminas. Ele não consome massas devido à sensibilidade à textura do macarrão e está em tratamento para questões sensoriais. Gael é grande e forte, pratica esportes e sua dieta inclui arroz, feijão, frango, peixe, legumes, verduras e muitas frutas, com café da manhã diário de ovos e batata-doce, e, às vezes, iogurtes veganos. O único líquido que Gael ingere é água, e em ocasiões especiais, um suco natural. A jornada para criar um filho com uma alimentação saudável não é fácil, mas é muito recompensadora. Através do meu método exclusivo de suporte comportamental e direcionamento em ambientes, o método 1:1, e da orientação de profissionais como a Dra. Joana e o Dr. Bruno Landim para detox intestinal, conseguimos trilhar esse caminho.

No fundo, eu só queria que meu filho não passasse pelo que eu passo. Muitas vezes, sinto a “necessidade” de comer um doce e preciso lutar contra meus próprios desejos, mesmo sabendo que estou ingerindo algo prejudicial para o meu corpo. Meu filho não precisará enfrentar essa luta. É uma grande vitória para mim como mãe. Esta jornada não foi fácil, mas provou que, com persistência, esforço e o suporte adequado, é possível alcançar resultados extraordinários.

Anna Flávia Camargo de Castro
Seja bem-vindo à minha coluna sobre maternidade atípica. Sou mãe de Gael, de 7 anos, autista de suporte 1, com hiperlexia e Altas Habilidades. Minha jornada começou com o diagnóstico de autismo do meu filho, sobrevivente de uma gestação trigemelar. Tornar-me assistente terapêutica e aplicadora ABA foi essencial para ajudá-lo. Nesta coluna, compartilho reflexões, desafios e aprendizados sobre maternidade atípica, usando meu “Método 1:1”, que inclui informações sobre nutrição, tratamentos integrativos, terapias multidisciplinares, manejo em ambientes naturais
e criação positiva.
@annaflaviacamargo_
Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on linkedin
LinkedIn
Share on twitter
Twitter
Share on email
Email

Bico de papagaio na gestação

Frouxidão dos ligamentos da coluna na gravidez deixa as mulheres mais suscetíveis ao acometimento de lesões nas articulações vertebrais Bico de papagaio não é exclusivo

Leia Mais »

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Subscribe To Our Newsletter

Subscribe to our email newsletter today to receive updates on the latest news, tutorials and special offers!