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A DIFÍCIL ESPERA PARA QUEM DESEJA TER UM FILHO

Tempo de Leitura: 4 minutos
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A ansiedade, pode muitas vezes interferir no tratamento de casais que estão tentando engravidar. Evidentemente, é muito perigoso afirmar que a ansiedade pode ser a causa da infertilidade nos casais que não conseguem gerar um filho. Seria muita falta de responsabilidade fazer essa afirmação, até porque são numerosas as causas da infertilidade, e podem estar relacionadas ao homem, à mulher ou até mesmo a ambos ou a nenhum dos dois, como vemos nos casos de casais que apresentam infertilidade inexplicável, ou seja, quando não há causa aparente que a justifique.
Um bom diagnóstico de um especialista em fertilidade pode proporcionar tranquilidade ao casal e elucidar as causas e os possíveis tratamentos existentes para o problema. Contudo, manter a calma e a serenidade nessa etapa nem sempre é fácil, e o processo terapêutico pode ser muito rico nessa fase. Nesse momento, cada um pode ter a oportunidade de entrar em contato com diversas questões que anteriormente nem sequer perceberiam e que agora podem aflorar ao consciente, atribuindo novos significados a uma diversidade de aspectos da personalidade.
São inúmeros os motivos que levam as pessoas a decidirem ter um filho e nem sempre coincidem com os do parceiro. É comum nos depararmos com casais que divergem em relação ao desejo de ter um filho ou em relação ao momento certo para isso. Nem sempre o que um espera e deseja é o mesmo que o outro. Percebo, em muitos casos, que um dos parceiros deseja muito ter um filho, enquanto o companheiro tem outras preocupações. Isso pode gerar muitas decepções entre o casal e até mesmo ser o motivo de brigas e, em alguns casos, resultar em separação. O casal precisa estar em sintonia, mesmo porque os tratamentos de infertilidade nem sempre são simples e requerem paciência e apoio mútuo.
Observo que os casais que estão há muito tempo tentando engravidar tendem a transformar a ideia de ser pai ou mãe em algo muito distante, o que vem a ser motivo de frustração e até de desesperança.
Percebo alguma semelhança entre os casais que estão à espera de adotar uma criança e aqueles que estão em tratamento de infertilidade. O que vejo em grande número de casos é a ansiedade e o universo de tais pessoas girando em torno dessa questão, muitas vezes impedindo-as de relaxar e desfrutar outras oportunidades na vida.
Não há grandes diferenças entre o tempo de espera por uma gravidez, durante o tratamento que a precede, nos casos de infertilidade e a chegada da criança, nos casos de adoção. Ambos podem ser longos e sem previsão exata para se concretizar. É nesse momento que todos os envolvidos devem tentar manter a calma e o foco no que desejam. Entretanto, é importante não deixar de lado as outras atividades, como o trabalho, nem outros projetos de vida. Vejo que muitos vivenciam isso como se o restante da vida estivesse em compasso de espera, aguardando a gravidez e a chegada da criança, para então viverem as outras coisas.
Nesse período de espera, observo a oportunidade que cada um pode ter de fazer uma reflexão interna a respeito do que significa para si mesmo ser pai ou mãe. É possível que a longa espera transforme até a maternidade ou a paternidade em um desafio, e a frustração decorrente das tentativas malsucedidas de tratamento ou adoção, podem gerar muita angústia e até revolta. É comum nos depararmos com pacientes indignados com mães que se submetem a abortos ou abandonam os filhos, denotando extrema incompreensão com a situação em que se encontram. Por isso, o processo terapêutico – individual ou até de casal – torna-se imprescindível, pois reassegura a condição que cada um tem em relação à sua situação propriamente dita e também a si mesmo.
Por fim, sabemos que a espera pela chegada de um filho talvez seja demorada, mas pode ser vivida como um grande aprendizado. É importante que as pessoas que se encontram nessa situação não desistam e percebam a possibilidade de aprender muito a respeito de si mesmas e até do parceiro, se conseguirem ter a tranquilidade necessária e aproveitarem devidamente essa fase.

Fonte: Cynthia Boscovich – Psicóloga
www.cuidadomaterno.com.br

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