Clique e acesse a edição digital

A família na sala de espera

Tempo de Leitura: 3 minutos
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
IMG-20240812-WA0008

Espera, ato ou efeito de esperar, substantivo feminino, sinônimo de aguardo e esperança.

Quem é a família na sala de espera? É a que espera, em salas preenchidas por mães, tomadas pela esperança de um tempo de desenvolvimento para os filhos.

Toda família espera, levando ao futebol, balé, nas inúmeras atividades, mas a família da sala das clínicas, consultórios e sessões de tratamentos, coloca ali naquele momento muito mais que tempo, é um investimento para o futuro.

Na criação dos nossos filhos, invariavelmente vamos passar por salas de espera, levando ao pediatra, consultas de rotina ou algum acompanhamento especial, compartilhamos ali vivências e experiências, dicas desde qual escola ele estuda até o que come ou não, encontros improváveis, sem marcar, mas na sala de espera de quem tem um filho atípico esse encontro é constante, vamos nos ver mais de uma vez por semana, mês a mês, conseguimos sentir quando a criança já chega disposta ou não, criamos vínculos, pela simples troca de olhar, outras vezes verdadeiras amizades e redes de apoio.

A espera, pode contribuir com o surgimento de sentimentos como ansiedade, nervosismo e consequentemente estresse. Ali surgem indagações, será que está sendo suficiente? O meu filho vai evoluir? Está fazendo bem para ele ou não?

Por isso é tão importante incluir o familiar no cuidado, na prestação de informações e na troca, ressignificar esse espaço, também tratar quem cuida.

A figura mais frente nesse espaço, são as mães, mulheres, que se multiplicam em inúmeras tarefas, cuidar da casa e dos filhos. O mais triste é que as estatísticas constatam que muitas vezes, são mães solos, sem companheiros, que ganham pouco, se desdobram para dar o melhor tratamento aos filhos.

Sim, sala de espera também é lugar de pai, pai presente, que supre, que divide, que troca, sabemos que muitas vezes esse pai está se desdobrando para prover à família, mas essa troca muda o cenário da sala de espera, o homem precisa sentir o que a esposa vê e sente.

Quando uma família recebe um diagnóstico, são inúmeros questionamentos que nascem, são dúvidas e ações, mas quem prepara essa família, quem assiste o psicológico de uma mãe e um pai, que precisa aprender sobre desenvolvimento infantil, neurodesenvolvimento e muito mais.

É preciso cuidar de quem cuida, para que outras salas não estejam lotadas de pais e mães, devastados e exaustos por lidar contra o sistema, lutar pela inclusão, contra todo o capacitismo e preconceito.


Colaboradora: Isabella Stutz – Jornalista, criadora do projeto @papoemfamilia, casada, mãe atípica, de dois meninos de 5 e 14 anos, de Nova Friburgo – RJ
canalpapoemfamilia@gmail.com
Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on linkedin
LinkedIn
Share on twitter
Twitter
Share on email
Email

Subscribe To Our Newsletter

Subscribe to our email newsletter today to receive updates on the latest news, tutorials and special offers!