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Devo fazer reposição hormonal?

Tempo de Leitura: 4 minutos
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O texto de hoje traz uma pergunta simples, mas com uma resposta complexa. Sabemos que a cada ano, a expectativa de vida da população aumenta, e atualmente a média brasileira está em 77 anos. Da mesma forma, por diversas razões, os dados mostram que a mulher vive relativamente mais que os homens.

Viver mais significa uma imensidão de coisas, mas do ponto de vista dos cuidados médicos, o desafio é enorme. E é nesse contexto que a reposição hormonal para as mulheres ganha importância. Aqui vamos tentar falar de diretrizes básicas e que podem ser realmente muito esclarecedoras para encontrar um caminho seguro na busca da melhor saúde da mulher.

Atualmente as principais indicações para a terapia hormonal são:

✅ Sintomas vasomotores: os famosos fogachos ou calorões

✅ Síndrome Geniturinária da Menopausa

✅ Prevenção de perda da massa óssea

✅ Insuficiência Ovariana Precoce

Os benefícios da reposição hormonal podem ser variados, e há um bom tempo estudos têm demonstrado benefícios importantes, dentre eles: diminuição da depressão, prevenção de doenças demenciais, distúrbios do sono, prevenção de risco cardiovascular etc.

Porém, para pensar em benefícios, devemos antes de tudo saber quando iniciar a terapia hormonal. O consenso diz que a janela de oportunidades para uma boa terapia hormonal vai da menopausa até os 10 anos posteriores.

Nesse caminhar, o acompanhamento médico ginecológico é imperativo. Assim será possível definir doses terapêuticas e tempo de tratamento. Hoje existem várias vias de administração para as medicações: adesivos, gel, injetáveis etc.

Em linhas gerais, a base da reposição hormonal é feita com uma combinação de estrogênio e progesterona. Mas evidentemente cada caso é único, de modo que uma boa consulta e exames corretamente indicados serão necessários para avaliar a necessidade.

Posto isto, é bom dizer que o grande medo das mulheres em relação ao uso de hormônios é o risco de câncer de mama. Aliás, você sabia que o risco de câncer de mama na população geral é de vinte e três mulheres por mil mulheres de 50 a 59 anos de idade num período de cinco anos? E quando analisamos mulheres em uso de terapia hormonal combinada, passamos para quatro casos adicionais. Os números são intrigantes, e de toda forma reforçam a necessidade da boa indicação médica.

Só a título de exemplo, você sabia que no caso de mulheres com sobrepeso ou obesidade, o risco aumenta em mais vinte e quatro casos? Ou seja, risco de doenças como câncer de mama existem em uma série de contextos e tratamentos médicos. O que importa efetivamente é que a mulher seja bem assistida.

Outro ponto importante, no manejo da terapia hormonal, é o risco de eventos tromboembólicos. Sabemos que há relatos e estudos que indicam um aumento, mas tudo depende da terapia indicadas, doses utilizadas e outras questões individuais que não podem ser generalizadas.

Bom, é importante dizer também que além do uso da medicação, a paciente em tratamento hormonal precisa ser bem orientada sobre os cuidados adicionais na alimentação, prática regular de exercícios físicos, diminuição da ingestão de álcool, questões relativas ao tabagismo etc.

Enfim, a reposição hormonal é uma aliada no cuidado da saúde da mulher que deseja envelhecer bem, de forma ativa, participante da sociedade e da família. Os riscos existem, mas são previsíveis e podem ser muito bem administrados caso a caso. Converse com sua ginecologista sobre o assunto!


Dra. Larissa Atala
Ginecologista e Obstetra, membro da Febrasgo
Especialista em Endoscopia Ginecológica
@dralarissaatala
dralarissaatala@gmail.com
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