Entre as possíveis indicações para a cirurgia, Ueno destaca:
Miomas uterinos: tumores comuns e benignos (não cancerígenos) que crescem no músculo do útero. A maioria não cria problemas e diminuem depois da menopausa, mas outros podem levar a hemorragia e dores.
Hemorragia uterina anormal: perda de sangue irregular pela vagina
Prolapso uterino: o útero desce e ‘cai’ na vagina, entrando dentro dela. Este problema ocorre devido aos músculos e/ou tecido enfraquecidos.
Endometriose: quando o tecido endometrial (a cobertura interior do útero) começa a aumentar e crescer para fora do útero e sobre os órgãos próximos. O problema provoca períodos menstruais dolorosos com hemorragia vaginal, além de interferir na fertilidade.
De acordo com o especialista, a histerectomia pode ser de três tipos:
• Histerectomia total que remove o colo do útero, bem como o útero.
• Histerectomia subtotal que remove a parte superior do útero e mantém o colo do útero.
• Histerectomia radical que remove o útero, colo do útero, anexos uterinos e outras estruturas próximas, utilizada em tratamentos de câncer.
Durante um período, a cirurgia só podia ser abdominal total, ou seja, por meio de uma incisão abdominal. Com o desenvolvimento da medicina, os procedimentos ficaram cada vez mais cada vez menos invasivos e perigosos. Hoje, a cirurgia pode ser feita via vaginal, com uma incisão profunda no interior da vagina; via vaginal assistida laparoscopicamente, semelhante a anterior, porém com a utilização de um laparoscópico inserido por meio de um corte feito no umbigo. “O uso deste instrumento permite que a parte superior do abdome seja examinada minuciosamente durante a cirurgia”, diz Ueno. E há ainda a histerectomica supracervical laparoscópica, uma nova opção cirúrgica que usa a laparoscopia para retirar o útero, deixando intacto o colo uterino.
Uma histerectomia abdominal exige internação por cerca de três dias. No caso de cirurgia vaginal ou laparoscópica a instalação não ultrapassa dois dias. A histerectomia subtotal videolaparoscópica necessita menos de 24 horas de internação. “A histerectomia é um procedimento cirúrgico que necessitará de quatro a seis semanas para recuperação completa da paciente e uma semana quando realizada pela laparoscopia (subtotal). E tempo de recuperação depende do tipo de procedimento realizado”, finaliza o médico.
Fonte- Ginecologista Joji Ueno (CRM-48.486), doutor em medicina pela Faculdade Medicina da USP e responsável pelo setor de Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio Libanês e Diretor na Clínica Gera.