A maioria dos casais pensa que se foi possível engravidar uma vez com sucesso, quando chega a hora de ter outro bebê, ele virá tão facilmente quanto o primeiro. No entanto, isso nem sempre é o caso. Infertilidade secundária é extremamente comum, e afeta algo em torno de 11 por cento dos casais brasileiros.
Pouco se fala na infertilidade secundária, e maioria dos casais que enfrentam o problema, passam por isso mais reservadamente. Isto porque, na maioria das vezes, não se sentem apoiados e nem levados a sério. É como se o sofrimento, a busca, não fosse compreendida pelos amigos e familiares, afinal porque todo o sofrimento já que o casal já tem um ou mais filhos? Em outras ocasiões é quase como se eles não tivessem o direito de sofrer, pois “sofredores” de verdade são aqueles que não têm nenhum filho. Sua dor, sua tristeza, frustração e medo ficam diminuídos perante todos e muitas vezes até para uns cônjuges.
Infertilidade secundária é a infertilidade que antes não existia e de repente passou a ser um empecilho para uma nova concepção. Ter um ou mais filhos, não é e nem nunca foi uma garantia absoluta de que os próximos virão facilmente. A maioria dos especialistas concorda que grande parte dos casais que sofrem de infertilidade secundária sempre tiveram de alguma forma, algum grau de problemas de fertilidade. É fato que com o passar dos anos, a fertilidade da mulher tende a diminuir, sobretudo após os 35 anos, o que naturalmente já predispõe uma dificuldade feminina que anos antes não existia. Outras vezes, o homem pode experimentar uma diminuição em sua contagem de esperma, a qualidade do esperma ou motilidade dos espermatozoides após uma concepção anterior. A vida sedentária, a má alimentação, o stress, os hábitos humanos de um modo geral, podem diminuir com o passar do tempo, a fertilidade de homens e mulheres.
Muitos especialistas concordam que a infertilidade secundária pode ser emocionalmente mais prejudicial do que a infertilidade primária. Isto porque ao iniciar a busca por uma primeira gestação, os casais naturalmente já partem em busca de respostas caso a gravidez não ocorra dentro de um prazo mínimo. Já os Casais com infertilidade secundária, muitas vezes estão tão confiantes em sua capacidade reprodutiva que esperam muito mais para buscar as respostas certas. Acham que apenas se “esforçar “mais é o necessário para que o bebê venha.
É importante que homens e mulheres que buscam uma gravidez, seja ela pela primeira ou pela décima vez, saibam que as tentativas naturais não devem exceder o tempo limite de um ano. Mulheres com mais de 35 anos e ou com diabetes, problemas de tireoide, obesidade, hipertensão e outros problemas de saúde, devem procurar um médico após 6 meses de tentativas naturais. Homens que apresentem problemas de saúde como os citados acima, que tenham vícios como fumo, bebida ou drogas, sobrepeso importante e vida sedentária, também devem procurar um médico antes do primeiro ano de tentativas.
Assim como os demais problemas de saúde, a infertilidade pode nos apanhar em qualquer altura da vida e por isso é importante avaliar com cuidado o tempo de espera. Assim como os demais casais com infertilidade, o casal com infertilidade secundária tem a sua disposição as técnicas de reprodução assistida que hoje, são capazes de atingir uma grande margem de sucesso.
Não é porque você já tem um ou mais filhos que esteja proibida de buscar com todas as suas forças e sofrer com as impossibilidades que a vida por ventura te traga.
Conteúdo autorizado para reprodução na Revista Materlife com a fonte retida pelo publicador.
Divulgado em: www.maeaflordapele.com
