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Harmonizando choros: a abordagem osteopática no alívio da cólica do lactente

Tempo de Leitura: 3 minutos
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Depressed young woman with cute baby at home

Embora a cólica infantil seja geralmente inofensiva, os resultados do tratamento são incertos, envolvendo fármacos, modificações na alimentação, terapias manipulativas e gerando ansiedade parental. Estudos indicam impactos psicossociais, até associando cólica a depressão materna ou abuso infantil.

A cólica do lactente não é apenas um desafio para o bebê; seus efeitos reverberam por toda a família, gerando um impacto comportamental significativo. O choro prolongado e a irritabilidade do bebê podem criar um ambiente de tensão, ansiedade e exaustão para os pais.

Os cuidadores, muitas vezes, enfrentam uma busca constante por respostas, experimentando sentimentos de frustração diante da incapacidade de aliviar o sofrimento do bebê. As noites sem sono e as dificuldades em acalmar o lactente podem afetar a qualidade de vida familiar, interferindo nas rotinas diárias e na dinâmica emocional entre os membros.

Recém-incluída nos critérios de Roma IV, a cólica desafia diagnósticos precoces, afetando cerca de 20% das crianças. Definida por critérios de Wessel, como choro ou agitação de causas desconhecidas em bebês saudáveis, por mais de três horas do dia e por mais de três dias da semana.

Sua etiologia permanece desconhecida, com diversas teorias, incluindo imaturidade intestinal, dismotilidade ou mesmo composição da flora intestinal. As terapias, como massagens e acupuntura, têm eficácia incerta, enquanto osteopatia apresenta relatos positivos, embora sem comprovação suficiente.

As medidas terapêuticas incluem diferentes técnicas, como massagens, acupuntura, extrato de erva-doce, chás, osteopatia, quiropraxia e suplemento com probióticos. No entanto, pouco se sabe sobre a eficácia dessas abordagens. Outras terapias complementares, manipulativas ou baseadas em fitoterápicos, são por vezes preteridas pelos pais em detrimento dos fármacos. As terapias manipulativas apresentam resultados consistentes na resolução da cólica infantil.

Existem relatos de usuários sobre como a osteopatia pode ajudar em distúrbios gastrointestinais funcionais, como cólicas, refluxo e constipação, além de alterações no padrão de choro e irritabilidade. No entanto, a falta de estudos suficientes dificulta a comprovação desses relatos. Osteopatas, treinados para detectar padrões de tensão em todo o corpo, incluindo coluna vertebral e crânio, utilizam técnicas suaves para liberar restrições e estimular os mecanismos de cura naturais nos bebês, buscando o retorno a um estado mais equilibrado.

Essa abordagem terapêutica não apenas se concentra na criança, mas também considera o bem-estar dos pais, proporcionando alívio tanto para o lactente quanto para a família.

A cólica do lactente não é apenas um fenômeno físico, mas também um desafio emocional para a família. É essencial reconhecer a extensão desse impacto comportamental e buscar apoio, seja por meio de profissionais de saúde, grupos de apoio ou terapias que visem não apenas ao bem-estar do bebê, mas também ao suporte emocional dos pais e familiares. O entendimento profundo desse impacto é o primeiro passo para enfrentar e superar os desafios que a cólica do lactente pode trazer ao ambiente familiar.


Isis Badini

Osteopata DO MRO Br | Fisioterapeuta

Pós-Graduada em Traumato-Ortopedia

Professora Assistente do Instituto Brasileiro de Osteopatia | IBO

@isis_rbadini

imrbadini@gmail.com

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